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Rio anuncia Arlindo Cunha como ministro da Agricultura se formar governo

01 de outubro de 2019 às 16:57

Arlindo Cunha foi ministro da Agricultura, Pescas e Alimentação durante o XI Governo Constitucional, liderado por Cavaco Silva, entre 1987 e 1991.

O presidente doPSD,Rui Rio, anunciou hoje que, se formar governo, o seu ministro da Agricultura será Arlindo Cunha (na fotografia, à direita de Rio), que já ocupou esta pasta durante o segundo executivo liderado por Cavaco Silva, entre 1987 e 1991.

No final de uma manhã dedicada à agricultura, o líder social-democrata fez questão de dizer aos jornalistas que pretende para esta pasta uma personalidade de reconhecido mérito e experiência.

Arlindo Cunha foi ministro da Agricultura, Pescas e Alimentação durante o XI Governo Constitucional, liderado por Cavaco Silva, entre 1987 e 1991. Foi também ministro das Cidades, Ordenamento do Território e Ambiente durante alguns meses, em 2004, no executivo liderado por Durão Barroso.

"Aquilo que eu pretendo é reforçar a presença do PSD na agricultura, que é absolutamente vital", afirmou Rui Rio, em declarações aos jornalistas em Lamego (Viseu), apontando que "ao longos dos anos houve um esmorecer" do partido em relação a esta área.

"Mesmo no tempo do Governo anterior, o ministro da Agricultura era do CDS não era do PSD, isso levou a algum abandono", acrescentou.

Por isso, defendeu, se o PSD quer dar mais importância ao setor tem de ter no Ministério da Agricultura "um dos homens que mais sabe de agricultura em Portugal".

"Eu gostaria que o dr. Arlindo Cunha voltasse a ser ministro em caso da nossa vitória, e é isso que vai acontecer, já tive oportunidade de falar a sério com ele ontem", anunciou.

Questionado se já está a formar Governo, Rio respondeu: "Não, mas já vou pensando nisso, como é evidente".

Escusando-se a avançar outros nomes de um eventual futuro Governo do PSD -- depois de já ter apontado para as Finanças o porta-voz do partido para esta área, Joaquim Sarmento -, Rui Rio admitiu que também já tem "na cabeça" o nome do ministro da Saúde.

O presidente do PSD fez um breve passeio ao final da manhã pelas ruas quase desertas de Lamego, e até ironizou com o facto de quase não ter encontrado ninguém.

"Está pouca gente na rua, tenho a explicação: não sabiam que eu vinha, se soubessem isto era uma multidão, se calhar pensavam que vinha o dr. António Costa", afirmou.

Questionado durante o passeio porque não vai haver hoje em Viseu a tradicional 'arruada' neste bastião social-democrata, foi o cabeça de lista pelo distrito, Fernando Ruas, que respondeu.

"Nós vamos fazer um mega-jantar de certeza absoluta, e há uma coisa que vos garanto, vamos ganhar aqui, no distrito e no concelho", garantiu o histórico autarca de Viseu.

Sobre o mesmo assunto, Rio apontou que em Viseu haverá "o único jantar-comício da campanha" -- os comícios de Porto e Lisboa serão em praças ao ar livre, sem jantar, e o de segunda-feira foi um arraial minhoto, embora com discursos ao estilo de comício.

"Até podia haver também arruada, mas o programa e o que é", afirmou Rio.

A primeira ação de campanha do dia tinha sido dedicada precisamente à agricultura, com a visita a uma exploração de frutas no concelho de Lamego.

Além de ouvir as preocupações dos produtores -- que apontaram a necessidade de organizações que juntem várias explorações e de uma maior atenção ao regadio nesta zona, devido às alterações climáticas -, o líder do PSD passou das palavras aos atos e foi ajudar na apanha da maçã, apesar dos sapatos pouco adequados às tarefas agrícolas.

"Já percebi porque é que o dr. Mário Soares engraxava os sapatos em campanha", confessou.

Se apanhar maçãs "foi uma experiência nova" e que deu para perceber "o que custa o trabalho" das pessoas que fazem esta tarefa, Rui Rio até teve sorte na estreia.

"Não, por acaso não apanhei nenhuma maçã podre, mas no chão vi muitas. É o que se deve fazer, é atirá-las ao chão e deixar ficar", afirmou, numa frase que pode ter leituras políticas.

Já questionado se ainda conta apanhar laranjas nesta campanha, o líder do PSD foi ainda mais claro na mensagem política: "Deixo para o fim, para domingo", disse, numa referência ao dia das eleições legislativas.

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