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PSD e CDS querem esclarecimentos de Azeredo Lopes

10 de setembro de 2017 às 18:36

A oposição criticou as declarações do ministro da Defesa, Azeredo Lopes, ao DN e à TSF. "Pode não ter havido furto nenhum" em Tancos, disse Azeredo Lopes

A oposição criticou a entrevista conjunto do ministro da Defesa, Azeredo Lopes, ao jornal Diário de Notícias e à rádio TSF. O CDS-PP O PSD quer quer que o ministro da Defesa vá ao Parlamento dizer o que já sabe sobre os inquéritos ao desaparecimento de armas dos Paióis Nacionais de Tancos, disse hoje à agência Lusa o deputado João Rebelo. Já o PSD quer esclarecer no Parlamento o que se passou com o desaparecimento de armas dos paióis militares em Tancos, acusando o Governo de querer disfarçar "fracassos e incapacidades".

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Numa declaração lida hoje na sede do partido, o deputado Carlos Costa Neves afirmou que o PSD vai "tudo fazer durante a próxima semana para que isto se esclareça e sejam assumidas responsabilidades políticas", sem se referir à maneira concreta de o fazer, como seria uma comissão de inquérito ou convocar o ministro.

"Não deixaremos de partilhar com os portugueses aquilo que se souber", garantiu, afirmando que "tudo se faz para que as situações não se apurem e para que se disfarcem os fracassos e as incapacidades", referindo-se às declarações do ministro da Defesa, Azeredo Lopes, divulgadas hoje numa entrevista conjunta ao jornal Diário de Notícias e à rádio TSF.

Já o CDS-PP quer o regresso do ministro ao Parlamento. "Esteve em Julho e as informações que nos deu foram muito escassas, refugiou-se constantemente no 'não sabia nem era minha responsabilidade'", afirmou o deputado do CDS-PP João Rebelo, que continua a defender que Azeredo Lopes não tem condições para estar no cargo.

João Rebelo considerou "absolutamente desastrosa" a entrevista do ministro ao Diário de Notícias e TSF hoje divulgada, em que, referindo-se à falta de provas visuais, testemunhais ou confissão, Azeredo Lopes admite que, "no limite, pode não ter havido furto nenhum", frisando que o inquérito em curso ainda não tem conclusões definitivas.

"Está a especular, não tem certezas, portanto especula sobre um assunto que consideramos preocupante", criticou o deputado do CDS-PP, referindo que a Comissão Parlamentar de Defesa pediu informações sobre o inquérito que está a ser feito pela Polícia Judiciária Militar e ainda não recebeu nada.

As condições em que terá ocorrido o furto, a lista exacta do material em falta e as condições em que estava a ser feita a vigilância são algumas das respostas que o CDS-PP quer do Governo.

Na reunião da comissão que está marcada para terça-feira, o CDS-PP vai propor que seja acrescentado um tópico à agenda da deslocação do ministro agendada para dia 20 deste mês.

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