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"Não estamos a falar sozinhos", diz Jerónimo sobre OE

03 de julho de 2018 às 14:48

Líder do PCP avisa o PS do descontentamento crescente dos trabalhadores em relação às leis laborais e outras questões.

O secretário-geral comunista afirmou hoje que o PCP não anda a falar sozinho, mas sim a dar voz às injustiças, avisando o PS do descontentamento crescente dos trabalhadores em relação às leis laborais e outras questões.

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Foto: António Cotrim/Lusa
Foto: António Cotrim/Lusa
Foto: António Cotrim/Lusa

"Quanto à voz ou força da voz do PCP, naturalmente, nós não estamos a falar sozinhos. As vozes dos trabalhadores e a sua luta têm sido elemento fundamental para influenciar o curso da vida política nacional", afirmou Jerónimo de Sousa, numa acção contra a precariedade, junto de funcionários do centro de contacto da energética EDP, em Lisboa.

O presidente do PS, Carlos César, declarara antes, nas jornadas parlamentares socialistas no Alentejo, esperar que as negociações do próximo orçamento (OE2019) sejam caracterizadas pelo "indispensável sentido de responsabilidade" e manifestou-se convicto de que os parceiros da esquerda não querem voltar a uma situação de isolamento político.

"Não olhem só para o PCP, olhem para os sentimentos de descontentamento e injustiça que muitos e muitos trabalhadores sentem. Naturalmente, aí estará o PCP, dando voz a esses sentimentos", continuou Jerónimo de Sousa, reiterando a intenção de proceder ao "exame comum" da proposta de OE2019.

Jerónimo de Sousa voltou a condenar as alterações à legislação laboral acordadas pelo Governo na concertação social e que serão debatidas sexta-feira no parlamento, juntamente com iniciativas de BE, PCP, PEV, PAN e, eventualmente, PS, embora o pacote legislativa possa vir a não ser votado de imediato. O líder parlamentar socialista também hoje afirmou que, após a concertação social, segue-se a fase da "concertação parlamentar".

Sobre a EDP, Jerónimo de Sousa salientou o facto de a empresa ter "1.113 milhões de euros de lucro", enquanto há trabalhadores com "15/20 anos vínculos precários e salários pouco acima do mínimo nacional", além de o administrador receber "262 vezes mais que um trabalhador do call center".

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