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Montenegro falará "diretamente com Ministério Público" e espera que este órgão faça o mesmo

Lusa 08 de outubro de 2025 às 14:38

O primeiro-ministro apelou a que todos os intervenientes processuais usem a sua intervenção "para promover a descoberta da verdade e o esclarecimento".

O primeiro-ministro disse esta quarta-feira que deve prestar todos os esclarecimentos diretamente ao Ministério Público, esperando que também este órgão fale consigo diretamente e não através da imprensa.
Montenegro sob investigação por ligações da empresa familiar Lusa
Em breves declarações aos jornalistas, à chegada a uma iniciativa autárquica em Castelo Branco, Luis Montenegro foi questionado sobre os pedidos de vários partidos para que preste mais esclarecimentos sobre o caso Spinumviva. "Respeitando o vosso trabalho - é a vossa função, naturalmente, e eu tenho toda a compreensão por isso -, mas eu devo prestar todos os esclarecimento ao Ministério Público e, portanto, devo falar diretamente com o Ministério Público, não através da imprensa, como também é suposto que o Ministério Público fale comigo diretamente e não através da imprensa", afirmou. O primeiro-ministro apelou a que todos os intervenientes processuais usem a sua intervenção "para promover a descoberta da verdade e o esclarecimento" "É aquilo que se pretende, é nisso que eu estou concentrado, tudo o resto é luta política, não vou estar aqui a fazer comentários", disse. O primeiro-ministro e líder do PSD foi ainda questionado "porque é que os documentos pedidos pelo Ministério Público ainda não chegaram", com Montenegro a reiterar que a sua obrigação é "falar e responder ao Ministério Público". "É isso que está a acontecer do meu lado, com toda a diligência e com toda a disponibilidade, é assim que estamos a falar agora", assegurou. Montenegro não respondeu depois a mais perguntas, dizendo querer concentrar-se "naquilo que interessa", a escolha de milhares de autarcas no próximo domingo. Na terça-feira, a CNN Portugal avançou que os procuradores responsáveis pela averiguação preventiva sobre a Spinumviva consideram que deve ser aberto um inquérito-crime ao primeiro-ministro, que será decidido pelo procurador-geral da República. A Procuradoria-Geral da República (PGR) esclareceu que a averiguação preventiva relacionada com a empresa Spinumviva está em curso e o Ministério Público aguarda ainda documentação, pelo que a averiguação continua. "Não há, assim, neste momento, qualquer convicção formada que permita encerrar a referida averiguação preventiva nem nada foi proposto ao Procurador-Geral da República neste domínio", refere um comunicado da PGR. Na terça-feira, em Albufeira, o primeiro-ministro afirmou estar "estupefacto e revoltado" com o teor das notícias divulgadas sobre o caso Spinumviva e falou mesmo "em pouca vergonha", dizendo aguardar a "análise e o juízo do Ministério Público".
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