Ministra vai ao parlamento explicar dificuldades nos tratamentos de hepatite C
A SOS Hepatites denunciou em maio que havia hospitais que este ano ainda tinham dado qualquer tratamento prescrito a estes doentes.
A ministra da Saúde vai ao parlamento explicar as dificuldades na administração de tratamentos para doentes deHepatite Cnos hospitais doServiço Nacional de Saúdedenunciadas pela SOS Hepatites.
A audição deMarta Temido, a pedido doPSD, foi esta quarta-feira aprovada pela Comissão de Saúde, com a abstenção doPS, segundo disse à Lusa o deputado do PSD Ricardo Baptista Leite.
Além da ministra da tutela, foi também aprovada a audição da diretora do Programa Nacional para as Hepatites Virais, Isabel Aldir, Guilherme Macedo, do Centro Hospitalar São João, Emília Rodrigues, da SOS Hepatites, e Luís Mendão, do Grupo de Ativistas em Tratamentos (GAT).
ASOS Hepatitesdenunciou em maio que havia hospitais que este ano ainda tinham dado qualquer tratamento prescrito aos doentes de hepatite C, lembrando que apenas Santa Maria e Egas Moniz distribuem tratamentos em tempo útil.
"Os únicos hospitais que estão a dar tratamentos em 15 dias a um mês são o Santa Maria e o Egas Moniz. Temos atrasos em todos os hospitais do país. Os doentes estão a esperar entre quatro meses a um ano", disse então à agência Lusa Emília Rodrigues, da SOS Hepatites.
Confrontada com estas denuncias, a diretora do Programa Nacional para as Hepatites Virais disse desconhecer estas situações, acrescentando que a média da espera é de dois meses.
"Em média, desde que o médico faz o pedido até ao doente iniciar tratamento, decorrem dois meses", disse à Lusa Isabel Aldir, sublinhando que este período de espera não compromete o tratamento.
AComissão Parlamentar de Saúdeaprovou igualmente, por unanimidade, a audição do Conselho de Administração do Centro Hospitalar Universitário do Algarve e da Ordem dos Médicos, a propósito da suspensão das cirurgias programadas dos Hospitais de Faro e de Portimão.
A suspensão das cirurgias programadas no Hospital de Faro ocorreu entre os dias 16 e 21 de maio e deveu-se a um afluxo fora do comum de utentes.
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