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Medina reclama "vitória ideológica" e diz que receita da direita não se pode repetir

Lusa 07 de janeiro de 2024 às 10:19

Numa intervenção Congresso do PS, Fernando Medina apontou os últimos oito anos de governação como um "período de conquistas para os portugueses e para o país" que constituiu uma "vitória ideológica da social-democracia face a todas as correntes ideológicas, em particular as da direita".

O ministro das Finanças, Fernando Medina, reclamou no sábado uma "vitória ideológica" para a governação do PS com a estratégia de desenvolvimento económico que assegurou equilíbrio orçamental e defendeu que a receita da direita não se pode repetir.

Miguel A. Lopes/Lusa

Numa intervenção no 24.º Congresso Nacional do PS, na Feira Internacional de Lisboa (FIL) enquanto dirigente socialista, Fernando Medina apontou os últimos oito anos de governação como um "período de conquistas para os portugueses e para o país" que constituiu uma "vitória ideológica da social-democracia face a todas as correntes ideológicas, em particular as da direita".

"No desenvolvimento da economia, nós defendemos sempre que era preciso mais empregos, melhores salários, mais proteção social, mais qualificações dos portugueses, mais investimento em ciência e tecnologia, mais inovação, mais exportações. Conseguimos ter os resultados", afirmou.

Segundo Fernando Medina, perante os desafios económicos, "a resposta da direita é a austeridade, é a desvalorização dos salários, é a desvalorização do Estado social e o seu retrocesso e é a diminuição dos impostos para as grandes empresas".

O ministro das Finanças referiu-se depois a objeções por parte do PSD aos aumentos do salário mínimo nacional, vistos como "um risco à competitividade" das empresas.

"O salário mínimo neste período passou de 505 euros para 820 euros -- mais 315 euros por trabalhador -- e, ao mesmo tempo, a nossa economia está mais forte, produz mais, tem mais emprego e gera melhores salários para todos. Ganhámos esta batalha ideológica", acrescentou.

Medina apontou também uma preferência da direita pela redução do "IRC para as grandes empresas" em vez do IRS, reclamando também neste ponto uma "vitória ideológica" para o PS.

O PS tem seguido "uma política de defesa, de proteção e de avanço do Estado social", enquanto "a alternativa da direita" consiste em "transferir recursos para o financiamento das entidades privadas no nosso país", sustentou, para concluir: "É uma alternativa que falhou em todos os países e não podemos sequer aceitar que se repita sequer como hipótese no nosso país".

O ex-presidente da Câmara Municipal de Lisboa considerou que o PS se apresenta "mais forte, mais unido, mais capaz de enfrentar as eleições do que qualquer partido da direita" e recomendou que "à campanha dos casos e dos insultos" se responda com "as respostas aos problemas dos portugueses".

No seu discurso, Medina contestou a ideia de "plafonamento da Segurança Social", com a qual acusou a direita de querer vender "a ilusão de que os jovens pagam menos para a Segurança Social", quando "a realidade é que verão diminuir as suas pensões para o futuro deixando cada um à sua sorte".

Quanto às contas públicas, realçou que o défice e a dívida diminuíram com os governos do PS chefiados por António Costa e criticou também neste ponto a anterior governação PSD/CDS-PP: "Eles falharam. O défice em 2015 era de 4,4%, a dívida pública nuns inimagináveis 131% do produto. Ora, nós vencemos esta batalha ideológica".

Fernando Medina declarou que "este é o caminho e este é o futuro" que os socialistas devem prosseguir, "com uma nova energia, com uma nova liderança" de Pedro Nuno Santos, "com uma nova capacidade de inventar soluções" e de "de corrigir trajetórias", "mas sempre sólidos nos valores, nos princípios e nas políticas que orientam o PS".

"Como dizia o camarada António Costa, há uma certeza que nós temos: melhor que o PS só mesmo o PS", subscreveu.

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