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Marcelo cumprimenta Israel, critica "conduta unilateral" dos EUA e não comenta mortos em Gaza

14 de maio de 2018 às 18:51

Marcelo Rebelo de Sousa recordou que o Estado português defende a solução de dois Estados.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, cumprimentou esta segunda-feira o Estado Israel pelos seus 70 anos, mas reiterou a discordância da decisão dos Estados Unidos da América de reconhecer Jerusalém como capital israelita, criticando essa "conduta unilateral".

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Foto: EPA/Reuters
Marcelo Rebelo de Sousa
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Foto: EPA/MOHAMMED SABER
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Foto: EPA / MOHAMMED SABER
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Foto: REUTERS/Amir Cohen
Netanyahu
Foto: EPA/ABIR SULTAN
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Foto: EPA/ABIR SULTAN

À saída de uma iniciativa sobre segurança nacional na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, Marcelo Rebelo de Sousa foi questionado sobre a morte de dezenas de palestinianos na Faixa de Gaza pelas forças israelitas, durante manifestações contra a inauguração da nova embaixada dos EUA em Jerusalém.

O chefe de Estado disse ter conhecimento da situação em Gaza, mas não quis comentá-la directamente: "Pois, eu sei, eu sei. Não queria pronunciar-me sobre isso".

O Presidente da República preferiu recordar "a posição de Portugal" - que, salientou, "é igual à posição da União Europeia" - face ao reconhecimento pelos EUA de Jerusalém como capital de Israel: "É de não acompanhar a iniciativa americana relativamente a ver a perspectiva de uma óptica essencialmente de um Estado e não de dois".

Marcelo Rebelo de Sousa acrescentou que o Estado português "mantém essa posição, que é de entender que tudo o que contribua para o diálogo é bom, tudo aquilo que, sendo uma conduta unilateral, não contribua para o diálogo, isto é, para esse objectivo de haver dois povos e dois Estados, é negativo".

"Não facilita o caminho para a paz, cria tensão que dificulta esse caminho para a paz", reforçou.

Antes, contudo, o Presidente da República considerou que há que separar estes acontecimentos dos 70 anos de existência do Estado de Israel, que se assinalaram esta segunda-feira.

"É uma razão para cumprimentar Israel, uma vez que a posição portuguesa é da existência de dois Estados, com Jerusalém como capital desses dois Estados. E, portanto, essa é uma razão de cumprimento", afirmou.

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