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Greve dos ferroviários na segunda-feira deverá causar perturbações a partir de domingo

01 de junho de 2018 às 21:26

Os sindicatos subscritores do pré-aviso de greve prevêem que a paralisação tenha "um grande impacto na circulação de comboios" e a CP admite que deverão ocorrer "fortes perturbações na circulação".

Os trabalhadores ferroviários da CP, Medway e Takargo vão estar em greve na segunda-feira contra a possibilidade de circulação de comboios com um único agente, o que deverá causar perturbações a partir de domingo.

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Foto: Luís Costa
Foto: Getty Images

Os sindicatos subscritores do pré-aviso de greve prevêem que a paralisação tenha "um grande impacto na circulação de comboios" e a CP admite que deverão ocorrer "fortes perturbações na circulação".

"Como não houve qualquer desenvolvimento ou contacto, a greve vai ocorrer, com grande impacto na circulação de comboios de passageiros e de mercadorias", disse à agência Lusa José Manuel Oliveira, coordenador da Federação Sindical dos Transportes e Comunicações (FECTRANS), uma das seis estruturas envolvidas na greve.

Segundo o sindicalista, a maioria dos comboios suburbanos não deverão circular durante o período de greve.

Apesar da paralisação estar marcada para segunda-feira, os primeiros efeitos do protesto deverão surgir a partir das 22h00 de domingo, quando se iniciam os primeiros turnos.

Fonte oficial da CP disse àLusaque ainda é cedo para ter uma perspectiva dos efeitos da greve, mas admitiu fortes perturbações ao longo de segunda-feira e nas últimas horas de domingo e primeiras de terça-feira. Em comunicado, a CP lembra que não foram definidos serviços mínimos, e que não serão disponibilizados transportes alternativos.

A CP adianta que irá reembolsar no valor total do bilhete a quem já tenha adquirido viagens em comboios dos serviços Alfa Pendular, Intercidades e Regional que não se realizem, ou proceder à sua revalidação, sem custos, para outro dia/comboio.

Os sindicatos que marcaram a greve consideram que "a circulação de comboios só com um agente põe em causa a segurança ferroviária - trabalhadores, utentes e mercadorias", e defendem, por isso, que "é preciso que não subsistam dúvidas no Regulamento Geral de Segurança (RGS)".

Os ferroviários contestam que sejam feitas alterações ao RGS com o objectivo de reduzir custos operacionais.

O pré-aviso de greve foi emitido por sindicatos da CGTP, UGT e independentes, porque consideram que a redação do RGS, em discussão nos últimos meses, deixa em aberto a possibilidade de os operadores decidirem se colocam um ou dois agentes nos comboios.

Posteriormente os sindicatos marcaram uma nova greve para os dias 12 e 13.

Em Novembro, os sindicatos dos ferroviários suspenderam uma greve após terem acordado com o Governo que a redação do regulamento de segurança iria ser melhorada de forma a garantir que cada comboio circularia sempre com um maquinista e um revisor ou operador de mercadorias.

Actualmente, os comboios circulam sempre com dois trabalhadores, excepto na Fertagus que, ao abrigo do RGS, pode funcionar excepcionalmente com agente único entre Setúbal e o Pragal. Os sindicatos envolvidos na paralisação tinham anunciado há dois dias uma greve para 4 de Junho.

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