Gestores de caso vão acompanhar todos os sem-abrigo
Governo quer implementar uma nova estratégia nacional para os sem-abrigo
Todas as pessoas sem-abrigo vão poder ter um gestor de caso, alguém que os acompanhe de perto, algo que já existia, mas que o Governo quer agora alargar a todo o país com uma nova estratégia nacional.
Durante a tarde desta terça-feira estiveram a ser apresentados na Assembleia da República os resultados do relatório de avaliação da Estratégia Nacional para a Integração das Pessoas Sem-Abrigo (2009-2015), bem como as linhas gerais da próxima Estratégia Nacional para as Pessoas em Situação de Sem-Abrigo (2017-2023).
De acordo com a secretária de Estado da Segurança Social, é intenção que todas as pessoas sem-abrigo tenham um gestor de caso, pessoas que acompanham de perto os processos e conseguem ter o acesso e os conhecimentos necessários para, por exemplo, aceder a prestações sociais, a serviços de saúde ou a habitação.
Cláudia Joaquim explicou que serão pessoas enquadradas pelos NPISA (Núcleo de Planeamento e Implementação Sem-Abrigo), à semelhança do que já acontece no NPISA de Lisboa, sendo, assim, objectivo alargar aos 17 NPISA existentes em todo o país.
"Pessoas que acompanham um, dois, alguns sem-abrigo e que fazem a ponte entre a necessidade específica daquele sem-abrigo e as respostas que existem e os organismos que existem", adiantou.
Acrescentou, por outro lado, que estes gestores de caso podem também ser técnicos da Segurança Social, no âmbito do acompanhamento de um acordo de inserção do Rendimento Social de Inserção (RSI).
"Podemos ter situações em que se mantém um gestor de caso a acompanhar uma pessoa sem-abrigo desde o momento em que está na rua até ao momento em que passa para uma institucionalização e depois para um regresso à sociedade", exemplificou.
Segundo a secretária de Estado, o objectivo é ter alguém que conhece a pessoa sem-abrigo e que a acompanha ao longo do seu percurso numa tentativa de o reinserir na sociedade.
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