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Fenprof critica 'rankings' por estigmatizarem escolas e hierarquizarem alunos

Lusa 04 de abril de 2025 às 12:56

Este é o 25.º ano em que são conhecidos 'rankings', que passaram a ter várias análises de dados, que vão além da clássica lista de estabelecimentos de ensino ordenados tendo em conta apenas a média dos alunos nos exames nacionais.

A Federação Nacional dos Professores criticou esta sexta-feira, 04, a divulgação de vários 'rankings' de escolas, por considerar que "seriam e estigmatizam" os estabelecimentos de ensino, "hierarquizam e eliminam" alunos e desprestigiam o trabalho docente.

exames nacionais João Miguel Rodrigues 

A maior estrutura sindical representativa dos professores voltou hoje a criticar a divulgação por parte da comunicação social de análises feitas aos resultados dos alunos nos exames nacionais e notas internas do Ministério da Educação, Ciência e Inovação (MECI).

Este é o 25.º ano em que são conhecidos 'rankings', que passaram a ter várias análises de dados, que vão além da clássica lista de estabelecimentos de ensino ordenados tendo em conta apenas a média dos alunos nos exames nacionais.

Os números passaram a mostrar também o trabalho feito nas escolas com os alunos mais carenciados, que habitualmente têm mais dificuldades académicas, assim como as escolas em que todos os estudantes conseguem fazer o seu percurso sem chumbar e este ano, pela primeira vez, mostram os resultados médios dos alunos estrangeiros.

No entanto, a Fenprof defende que, "apesar de envoltos numa aura de rigor, exigência e tecnologia, os 'rankings' seriam e estigmatizam escolas através de exames nacionais que hierarquizam e eliminam alunos; desprestigiam o trabalho das escolas e dos professores através de exames nacionais que desprezam a aprendizagem saudável e a avaliação contínua; promovem a competição através de exames nacionais que estimulam o individualismo". 

Para a federação, os 'rankings' têm como única intenção "reforçar o preconceito ideológico de que o privado é bom e o público é mau e assim engordar o negócio da educação, também à custa do Estado".

Numa nota hoje enviada aos órgãos de comunicação social, a Fenprof volta a saudar todos os docentes que "diariamente, continuam a pugnar por uma educação e escola de qualidade para todos".

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