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Desconfinamento em quatro níveis: Máscara cai na via pública, mas mantém-se sem distância física

Leonor Riso 27 de julho de 2021 às 10:03

Dois meses depois, peritos e políticos voltam a reunir para se pronunciarem sobre o eventual levantamento de algumas medidas de restrição associadas ao processo de desconfinamento.

Momentos Chave
Ao MinutoAtualizado 27 jul 2021
27 jul 2021 27 de julho de 2021 às 12:35

Máscara pode não ser usada na via pública, mas continua caso não haja distância

Na proposta que prevê quatro níveis com redução de restrições, em que o país está atualmente no primeiro patamar, está prevista a obrigatoriedade do uso de máscara ao ar livre, mas apenas no nível 1, deixando de ser mandatória a partir do segundo patamar proposto por Raquel Duarte.

A partir do nível 2, a máscara passa a ser obrigatória "apenas em ambientes fechados, em eventos públicos e sempre que não seja possível garantir a distância social recomendada", podendo circular-se na via pública sem máscara.

O que define a passagem entre níveis são "três regras fundamentais": a ventilação e climatização adequada dos espaços fechados, a utilização do Certificado Digital Covid e a autoavaliação do risco - que devem acompanhar a "cobertura da vacinação", mas ter em atenção a situação epidemiológica do país.

27 jul 2021 27 de julho de 2021 às 12:25

Marcelo: "A vacinação é chave na vida dos portugueses"

O progresso tem sido notável, aponta o Presidente da República. "Não se imagina o que tem sido o ritmo da vacinação e o contributo dos profissionais de saúde." "Estou um bocadinho irritantemente otimista", brinca Marcelo. 

27 jul 2021 27 de julho de 2021 às 12:12

Marcelo elogia sessões do Infarmed, que não existiam desde maio

"Queria recordar a importância destas sessões", aponta Marcelo. As reuniões foram interrompidas em maio deste ano e retomaram esta terça-feira. O Presidente frisa que este diálogo foi inédito, comparando com outros países. 

"Os políticos são escolhidos pelo povo para decidirem e respondem por isso no dia a dia, periodicamente em eleições e por vezes em tribunais", afirmou. "Mas os políticos para decidir precisam de informação. Para terem decisões informadas. E vem dos especialistas. Os políticos têm que pegar nisso e ter uma só decisão."

27 jul 2021 27 de julho de 2021 às 12:09

Gouveia e Melo: "Estamos a ganhar a corrida mas não podemos folgar"

A vacinação condiciona a incidência, frisa Gouveia e Melo. O vírus tem menos margem de manobra para se propagar com mais vacinas. "Parece que há barreira de proteção da vacina, com concelhos a diminuir a incidência, e é o que se está a notar praticamente em todos os concelhos do país."

"Há corrida entre ritmo de vacinação e incidência, e nós estamos a ganhar a corrida mas não podemos folgar nem pensar que no período de férias se pode folgar o ritmo. Temos que continuar a um ritmo muito elevado. Quero agradecer aos enfermeiros, médicos e auxiliares a vacinar a um ritmo muito elevado, no campo de batalha. Já chegámos a ter mais 256 mil pessoas vacinadas num dia", frisa Gouveia e Melo. 

27 jul 2021 27 de julho de 2021 às 12:04

A 21 de agosto pode arrancar vacinação dos maiores de 12 anos, caso a DGS concorde

Vacinação está a avançar fortemente nas faixas dos 20 e 30 anos. Quanto aos adolescentes, a 14 de agosto começa vacinação de pessoas dos 16 aos 18 anos. Nos dois fins de semana seguintes, pode começar a vacinação dos jovens de 12 anos caso DGS concorde. 

É importante diminuir o intervalo entre as duas doses de acordo com o estipulado pelas farmacêuticas. 

Foram vacinados 255.888 cidadãos estrangeiros. 

27 jul 2021 27 de julho de 2021 às 12:00

Gouveia e Melo: 70% da população deverá ter vacinação completa no início de setembro

No terceiro trimestre, Portugal vai receber 10,6 milhões de vacinas, apesar de serem esperados 10 milhões. Há 470 mil vacinas perdidas da AstraZeneca "porque não fazem sentido no nosso plano", explica líder da task-force. O Ministério e o Infarmed estão a adquirir vacinas junto dos parceiros europeus para acelerar o processo. 

Gouveia e Melo estima que 70% da população tenha recebido a sua primeira dose a 8 de agosto e que 70% da população tenha vacinação completa no início de setembro.

27 jul 2021 27 de julho de 2021 às 11:52

Falta de informação ou receio de efeitos secundários são motivos para resistir à vacina

16,8% consideram difícil manter a máscara. Sobre a vacinação, os que dizem já ter tomado a vacina ou começado são 72%. Desde o início de junho, a faixa do não tomar ou ainda não decidi vão ganhando espaço, devido ao progresso da vacinação. 

Na faixa etária dos 26 aos 45 há 25% de resistência à vacina. É nas faixas etárias mais ativas que se verifica maior resistência. 

Os dois motivos que foram mais indicados são não ter informação suficiente ou receio de sofrer efeitos secundários. 

27 jul 2021 27 de julho de 2021 às 11:46

42,7% pensam que medidas do Governo são pouco ou nada adequadas

Os mais jovens reportam um pior estado de saúde mental. 78% das pessoas esperam fim das restrições no próximo ano, e só 10% pensam que restrições caem até setembro. 73,6%, no verão passado, esperavam mais que três meses para a sua vida voltar ao normal. 

Neste momento, há expectativa mais prolongada de levantamento de restrições que no ano passado. 

42,7% das pessoas referem que as medidas do Governo são pouco, ou nada adequadas para travar a propagação da pandemia. Em maio, era 20%. 

27 jul 2021 27 de julho de 2021 às 11:43

Os mais jovens têm menor percepção do risco de doença


Os mais velhos têm noção de risco moderado a elevado, assinala Carla Nunes. Entre setembro de 2020 e janeiro deste ano a perceção de risco de vir a ficar a vir infetado com Covid-19 atingiu o nível máximo, de 47,2%.

Os mais velhos reportam um melhor estado de saúde mental. 

27 jul 2021 27 de julho de 2021 às 11:38

Henrique Barros fala em "inverno feliz", mas pede cautelas

Henrique Barros defende que além da vacinação das crianças, têm que ser mantidas as medidas individuais, reestruturar a vigilância epidemiológica, realizar testes, identificar precocemente as variantes, controlar os casos introduzidos através das fronteiras e organizar as consultas dedicadas à covid longa.

27 jul 2021 27 de julho de 2021 às 11:35

Henrique Barros: "Vacinação das crianças é fundamental"

"Podemos prever um inverno em que, mesmo na realidade, pouco mais de 50% das pessoas verdadeiramente defendidas pela sua imunidade, podemos imaginar um inverno no qual a vida se pode aproximar do que a vida era antes e evitar problemas antes da pandemia. Por isso é fundamental a vacinação das crianças. Caso não sejam vacinadas, haverá pico inequívoco de casos. Está nas nossas mãos resolver o problema", defende Henrique Barros. 

27 jul 2021 27 de julho de 2021 às 11:32

Se temperatura baixa, casos aumentam. Mas esperam-se poucos internamentos no inverno

Conforme a temperatura diminui, casos aumentam. Por cada descida de cinco graus, há aumento de 30% nos casos. Porém, Henrique Barros estima que haja poucos internamentos na vaga que venha a ocorrer no inverno. 

Do ponto de vista de internamentos, não há preocupação relevante nem letalidade a não ser acima dos 50 anos, mas nestas faixas mais velhas internamentos e mortes diminuem devido à vacinação. 

27 jul 2021 27 de julho de 2021 às 11:27

Henrique Barros explica o que se pode esperar no outono/inverno

Em janeiro foi apresentado cenário caso vacinação decorresse a ritmo previsto, de acordo com entrega de vacinas. Seis meses depois, a partir de maio, a realidade fugiu do que se tinha imaginado quanto a número de casos e internamentos. 

A vacinação não respondeu ao que o modelo inicial tinha previsto. O modelo imaginava que no fim de setembro, o número de casos seria residual. O cenário foi revisto devido ao aparecimento da variante Delta e à mudança nos comportamentos sociais. Assim, no outono seriam previstos casos residuais. 

27 jul 2021 27 de julho de 2021 às 11:21

Limites na restauração mantêm-se na proposta de plano de desconfinamento


Raquel Duarte propôs algumas linhas: "Entre o nível 1 e o nível 3 na restauração poderá haver entre 6 pessoas a 8 na mesma mesa no interior. Já no exterior o nível 1 prevê 10 pessoas na mesma mesa, 15 pessoas no nível 2 e no nível 3 sem restrição de pessoas."

27 jul 2021 27 de julho de 2021 às 11:16

As medidas propostas por Raquel Duarte no desconfinamento

Raquel Duarte propõe várias medidas gerais. As regras fundamentais são a ventilação e climatização de espaços fechados; o uso de certificado digital nos espaços públicos; e a autoavaliação do risco. 

As medidas acompanham o estabelecimento de quatro níveis, sendo que o primeiro inclui entre 50 e 60% de população vacinada. 

As medidas gerais assentam em manter o "trabalho remoto ou no exterior sempre que possível; cumprimento da distância física; máscara obrigatória em ambientes fechados e sempre em eventos públicos e evitar todas as situações não controladas de aglomeração populacional". 

Com estas medidas gerais, é ainda proposto o desfasamento de horários e teletrabalho em ambiente escolar e laboral. 

Nos transportes, a mensagem é ventilação e uso de máscara. 

Em celebrações como casamentos e batizados, que se mantenha 50% da lotação ao longo dos níveis e a aplicação das medidas gerais até ao nível 3.

27 jul 2021 27 de julho de 2021 às 11:09

Ventilação e climatização de espaços interiores é fulcral

Cada vez mais temos que apostar em ventilação de espaços anteriores, especialmente para planear o outono/inverno. Deve ainda haver autoresponsabilização maior, com autoavaliação do risco segundo factores com impacto na infeção. 

A segurança é dada pela informação da matriz de risco, com a informação analisada ao momento. 

À semelhança de outras doenças, a monitorização contínua da situação epidemiológica continuará a ser feita pelas autoridades locais e nacionais. 

Raquel Duarte vai propor medidas gerais, com possível ajuste a nível local mediante avaliação destas autoridades. 

27 jul 2021 27 de julho de 2021 às 11:07

Raquel Duarte aborda desconfinamento

Estratégia assenta em testagem, diagnóstico precoce, medidas de distanciamento, ventilação de espaços interiores, uso de máscara, entre outras. 

Foram analisados dois países no estudo apresentado por Duarte: o Reino Unido que decidiu suspender medidas restritivas, e Israel, com posição mais cautelosa e combinação de estratégias farmacológicas e não farmacológicas. 

27 jul 2021 27 de julho de 2021 às 11:03

480 casos por cem mil habitantes pode ser o novo limite

Andreia Leite propõe que o novo limite a partir do qual devem ser consideradas medidas é o de 480 casos por cem mil habitantes a 14 dias. 

A comunicação de risco deve ser simplificada, adianta ainda. 

27 jul 2021 27 de julho de 2021 às 11:01

Especialista recomenda mudança de avaliação de risco

Vamos precisar de referencial que monitorize situação pandémica. Avaliação de risco pode ser alterada, defende Andreia Leite. Deverão ser mantidos indicadores de transmissão, como incidência e R, como centrais. Com a evolução das vacinas, podem ser atualizados limiares de incidência, porque a relação entre infeção e doença grave foi enfraquecida. 

O limite de internamentos em UCI também pode mudar, porque o número de camas disponíveis foi expandido, mas deve ser revisto periodicamente. 

Deve ser acompanhada a doença grave e impacto na mortalidade. 

Na avaliação de risco, deve ser considerada a tendência além dos números em bruto. 

Deve ser centralizada a informação num relatório único, com menor periodicidade, sugere. 

27 jul 2021 27 de julho de 2021 às 10:58

Relação entre infeção e doença grave é enfraquecida, mas não desaparece

A aceitação do elevado número de casos também pode influenciar escolas e ter impacto no absentismo laboral. Também pode sobrecarregar cuidados intensivos, porque a relação entre infeção e doença grave é enfraquecida, mas não desaparece. Esta estratégia seguida no Reino Unido também pode levar a aparecimento das novas variantes.

Leite assinala dois grandes cenários. Na primeira simulação, atrasando levantamento das medidas não farmacológicas, é possível ter maior número de pessoas vacinadas e maior proteção que se traduz num pico de menor número de camas ocupadas. 

27 jul 2021 27 de julho de 2021 às 10:54

Andreia Leite vai abordar a avaliação do risco

Foram analisados cinco países, que para levantar o levantamento de medidas não farmacológicas, consideram coberturas vacinais muito elevadas. Estas guiam o desconfinamento: a decisão final pressupõe que a epidemia esteja controlada, e essa definição é dada por indicadores relacionados com incidência. 

Na Holanda, após levantamento de medidas não farmacológicas no final de junho, reintroduziu medidas já em julho. Já no Reino Unido, transitou-se do obrigatório para a responsabilidade individual: a decisão implica a aceitação da circulação do vírus e do elevado número de casos, aceitando a possibilidade da covid longa, um fenómeno com compreensão limitada. 

27 jul 2021 27 de julho de 2021 às 10:50

Especialista recomenda precaução entre doses da vacina

Efetividade aumenta com o esquema vacinal completo, confirma Ausenda Machado. Entre doses, a vacina confere proteção, mas não está no expoente máximo, pelo que se devem manter medidas de precaução. 

Tendo em conta a importância da efetividade da vacinação, terá que ser acompanhada a monitorização ao longo do tempo da eficácia da vacina. 

27 jul 2021 27 de julho de 2021 às 10:48

Em população com 80 ou mais anos, vacina é 85% eficaz em evitar a hospitalização

Em população com 80 ou mais anos, vacina é 85% eficaz em evitar a hospitalização. 

Ao longo do tempo, na população dos 65 aos 79 anos e em infeção sintomática, é evitada em 80%. 

14 a 27 dias depois da segunda dose, efetividade é de 70% e mantém-se no valor até 70 dias. 

27 jul 2021 27 de julho de 2021 às 10:47

Segue-se Ausenda Machado, sobre a efetividade da vacina

A efetividade traduz a redução do risco de infeção e problemas graves. Os estudos conduzidos no INSA acompanham a população vacinada. No caso da infeção sintomática, em população com 65 e mais anos. 

Dos 65 aos 79 anos e 80 ou mais anos, a efetividade da vacina contra infeção sintomática, com vacina MRNa, há 35% de eficácia com uma dose, e com vacinação completa é de 78%. Em população com mais de 80 anos, é de 68%. 

27 jul 2021 27 de julho de 2021 às 10:42

Aparecimento de novas variantes é expectável, mas não é preocupante

"É o que acontece com qualquer vírus de doença infecciosa em resposta a estratégia de vacinação", explica João Paulo Gomes.

27 jul 2021 27 de julho de 2021 às 10:41

Com a vacina, população é mais capaz de lidar com a covid-19

À medida que a vacinação foi sendo mais eficaz, população é mais capaz de lidar com covid-19. Vírus tem capacidade de combinação de mutações: o que nos espera a curto prazo são essas variações, que podem causar preocupação não por criarem mais infeções, mas preocupação em termos de apenas os vírus que lidem melhor com o nosso sistema imunitário é que circulam melhor na população. 

27 jul 2021 27 de julho de 2021 às 10:38

Só foram detetados dois casos da variante Lambda, do Peru, em Portugal

A variante Delta espalhou-se rapidamente por todo o país e é dominante em todas as regiões, com prevalência de mais de 95%. Foram sequenciadas mais de 3 mil genomas associados à Delta. Foram detetados 59 casos de Delta Plus. 

Só há dois casos da variante Lambda, que tem circulação vincada no Peru e Chile. "Não penso que seja motivo de preocupação", considera João Paulo Gomes. 

27 jul 2021 27 de julho de 2021 às 10:34

Variante Delta teve "crescimento exponencial"

A variante Alfa teve tendência crescente até maio, e depois foi substituída pela variante Delta. Se em maio era 5% a nível nacional (10% em LVT), deu-se crescimento exponencial e agora é a dominante. Agora a variante Alfa é residual (1% de prevalência). 

A variante Beta (África do Sul) não tem sido detetada. A variante Gama (Manaus) também não ultrapassa 0,4% nas últimas semanas. 

A variante Delta compõe 98% dos novos casos. A chamada Variante Delta Plus, somada à Delta, dá 98,6% de prevalência.  

27 jul 2021 27 de julho de 2021 às 10:32

João Paulo Gomes: são sequenciados geneticamente 1.400 vírus por mês

Houve alteração de estratégia na vigilância de variantes genéticas: não se foca em dados mensais, desde junho que a vigilância é de base semanal. Dá para sequenciar 1.400 vírus por mês - mais do dobro que antes. 

Já foram sequenciados 12.625 genomas do coronavírus em Portugal, a partir de 100 laboratórios. Amostras têm como origem mais de 300 concelhos. 

27 jul 2021 27 de julho de 2021 às 10:29

Internamentos de adultos jovens aumentaram, em relação ao número de casos observados

Há decréscimo importante no risco de morrer, afirma Ana Paula Rodrigues, mas este continua a ser muito elevado em grupos mais velhos. 

Temos menor número de internamentos nos grupos com maior cobertura vacinal, o que traduz menor risco de infeção e de doença grave. Mas há sinal de precaução: o aumento do número de internamentos em adultos jovens em relação ao número de casos observados. 

Há necessidade de medidas farmacológicas até maior nível de vacinação para reduzir riscos nos grupos não vacinados.

O maior número de mortes em grupos mais velhos foi de pessoas não vacinadas. 

27 jul 2021 27 de julho de 2021 às 10:26

Mais internados que o esperado podem explicar-se pela variante Delta

Os internados em enfermaria contam com menos pessoas com mais de 50 anos. A pressão sobre os serviços de saúde é menor devido à redução dos internamentos nos grupos mais velhos, mas há mais internados adultos jovens. 

Dos 30 aos 49 anos, apesar das incidências serem semelhantes nestes grupos e na onda do outono, temos mais  internados que o esperado, o que pode ser explicado pela variante Delta. Nos UCI, há redução substancial abaixo dos 50 anos, mas aumento em relação ao outono nos grupos entre os 20 e os 49 anos.  

27 jul 2021 27 de julho de 2021 às 10:24

Número de novos casos em populações acima dos 60 anos é menor que no outono

Grécia e Irlanda estão na mesma situação que Portugal, Reino Unido, Holanda e Espanha têm incidências mais elevadas que Portugal. 

Lisboa e Vale do Tejo, Algarve e regiões autónomas têm tido incidência mais elevada nesta quarta onda. O Alentejo, Centro e Norte tem número de casos mais reduzido que no outono. 

O número de novos casos em populações acima dos 60 anos é menor que no outono, porque estão mais cobertos pela vacinação. Grupos dos 20 e 30 anos ainda não foram abrangidos. 

27 jul 2021 27 de julho de 2021 às 10:21

Ana Paula Rodrigues aborda incidência e transmissibilidade

Vai ser comparada a onda do outono passado e a atual. Estamos em momento de incidência elevada com tendência a estabilizar, o que indica que estaremos próximos do pico da pandemia a nível nacional. 

Desde a última reunião do Infarmed em maio, incidência aumentou em todas as regiões do País. Podemos dividir as regiões em dois grandes grupos, como as de incidência elevada (Algarve e LVT, que estão agora com R mais baixos) e as regiões restantes (Norte, Madeira com elevado Rt) que têm um factor de crescimento mais elevado agora. 

27 jul 2021 27 de julho de 2021 às 10:17

480 mil testes foram feitos na semana de 19 a 25 de julho

A vacinação completa reduz muito o risco de morte, se a pessoa se vier a infetar, avisa Peralta Santos. "Isto reforça a confiança na vacinação que atenua muito o risco, não acaba completamente."

480 mil testes foram feitos na semana de 19 a 25 de julho. A maior intensidade de testagem foi Lisboa e Vale do Tejo e Algarve, com taxa de positividade de 5,2%. Desde o início de julho, houve aumento de testagem na população dos 15 aos 40 anos. 

A positividade tem aumentado desde o início do mês. A população com menor positividade é a que está mais vulnerável aos efeitos adversos da doença. 

27 jul 2021 27 de julho de 2021 às 10:14

Vacina reduz em três vezes risco de hospitalização

É notória a redução do risco de internamento conforme se progride na vacinação. Risco de hospitalização reduz-se em mais de três vezes, aponta Peralta Santos. 

27 jul 2021 27 de julho de 2021 às 10:12

Em UCI, maioria das pessoas tem entre 40 e 59 anos

Na população com mais de 80 anos, há aumento da incidência. Quanto aos impactos na saúde da população, desde o início de junho há mais hospitalizações. A 25 de julho, havia 900 internados no total. Nas UCI, há ocupação de 78% do valor de referência de 255 camas, recentemente revisto pela Comissão de Medicina Intensiva.

Há tendência crescente nas faixas etárias, acima dos 20 anos. Dos 20 aos 79 anos, há maior ocupação em enfermaria. Em UCI, maioria da ocupação é dos 40 aos 59 anos. 

27 jul 2021 27 de julho de 2021 às 10:10

Lisboa e Algarve com incidência a descer

Já há tendência de estabilização ou descida na Área Metropolitana de Lisboa e no Algarve, avisa. Mas a diminuição terá que ser confirmada com evolução da situação esta semana. Na Área Metropolitana do Porto há mais zonas com crescimento de incidência, mas esta zona registou aumento da incidência depois de Lisboa, "é natural que tenha algum atraso na descida", explica Peralta Santos. 

27 jul 2021 27 de julho de 2021 às 10:08

André Peralta Santos aborda situação epidemiológica no País

A incidência cumulativa a 14 dias é superior a 400 casos por 100 mil habitantes, com média diária de 3 mil casos. A velocidade de aumento tem vindo a diminuir, e a tendência agora é de crescente a estável, aponta Peralta Santos. 

As áreas metropolitanas de Lisboa e Porto e o Algarve têm maior incidência. 

27 jul 2021 27 de julho de 2021 às 09:50

Que políticos vão estar presentes?

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, o primeiro-ministro, António Costa, o presidente da Assembleia da República, Eduardo Ferro Rodrigues, a ministra da Saúde, Marta Temido, e representantes dos partidos políticos vão ouvir as intervenções. 

27 jul 2021 27 de julho de 2021 às 09:46

O que vão apresentar os especialistas na reunião do Infarmed?

Além da habitual análise da evolução epidemiológica e da monitorização de variantes do vírus SARS-CoV-2 em Portugal, sobressaem as palestras dedicadas à efetividade da vacina contra a covid-19, por Ausenda Machado, do Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA) e à avaliação de risco na era da vacinação, por Andreia Leite, da Escola Nacional de Saúde Pública da Universidade Nova de Lisboa.

À epidemiologista Raquel Duarte, especialista do Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto que tem aconselhado o Governo em matéria de desconfinamento, cabe uma apresentação de uma proposta de continuidade para o plano de redução das medidas restritivas de controlo da pandemia. Paralelamente, o epidemiologista Henrique Barros vai apresentar as suas expectativas para o inverno de 2021.

Será também feito um ponto de situação relativo ao plano de vacinação pelo coordenador da 'task force', o vice-almirante Henrique Gouveia e Melo, num momento em que o país é o quinto da União Europeia em termos de população com a vacinação completa (51%), inclusivamente acima da média comunitária (46%).

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