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Covid-19: Rio avisa que será "incoerência fatal" se UE não der uma resposta conjunta

26 de março de 2020 às 15:04

O presidente do PSD defendeu que este ano será "histórico para o futuro da União Europeia".

O presidente do PSD defendeu hoje que este ano será "histórico para o futuro da União Europeia" (UE) e que se não conseguir dar uma resposta conjunta à pandemia de covid-19 mostrará "incoerência fatal" e "ajoelhará perante a hipocrisia".

Numa publicação colocada na sua página oficial da rede social Twitter a meia hora de arrancar, às 15:00 de Lisboa, mais um Conselho Europeu para debater o tema, Rio escreveu que "2020 vai ser histórico para o futuro da União Europeia".

"Se ela não for capaz de dar uma resposta conjunta ao combate que está a travar contra a covid-19, mostrará uma incoerência fatal entre o projeto que diz personificar e a sua prática concreta. Ajoelhará perante a hipocrisia", alertou o líder social-democrata.

Os chefes de Estado e de Governo da União Europeia realizam hoje um novo Conselho Europeu por videoconferência para discutir a resposta conjunta à pandemia de covid-19, com Portugal e outros países a defenderem ações ainda mais robustas, naquela que é já a terceira 'cimeira virtual' de líderes europeus no espaço de três semanas sobre o tema.

O primeiro-ministro português, António Costa, e oito outros chefes de Estado e de Governo escreveram na quarta-feira ao presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, a defender a implementação de um instrumento europeu comum de emissão de dívida para enfrentar a crise provocada pela covid-19.

Na missiva, os chefes de Estado e de Governo de Portugal, França, Itália, Espanha, Bélgica, Luxemburgo, Irlanda, Grécia e Eslovénia defendem que, face à gravidade da situação, além das medidas já tomadas, é necessário avançar para "um instrumento comum de dívida, emitida por uma instituição europeia, para angariar fundos no mercado na mesma base e em benefício de todos os Estados-membros".

De acordo com os nove líderes europeus, tal instrumento asseguraria "um financiamento a longo prazo estável para as políticas necessárias para fazer face aos danos causados por esta pandemia", nas mesmas condições para todos os Estados-membros.

No entanto, na reunião do Eurogrupo celebrada na terça-feira à noite, por videoconferência, os ministros das Finanças europeus, sem excluírem a eventual mutualização da dívida, privilegiaram a possibilidade de ativar uma linha de crédito do Mecanismo Europeu de Estabilidade (MEE).

A ideia, entretanto também transmitida por carta enviada na quarta-feira pelo presidente do Eurogrupo, Mário Centeno, a Charles Michel, passaria por o MEE, o fundo de resgate permanente da zona euro, disponibilizar uma linha de crédito específica para todos os Estados-membros, que poderiam receber imediatamente fundos num montante equivalente a 2% do seu Produto Interno Bruto (PIB) para medidas de combate ao novo coronavírus.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou perto de 450 mil pessoas em todo o mundo, das quais mais de 20 mil morreram.

Portugal regista 60 mortes associadas à covid-19 e 3.544 casos de infeção confirmados, segundo o boletim hoje divulgado pela Direção-Geral da Saúde.

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