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Covid-19: ProToiro quer touradas de regresso a Portugal dia 1 de junho

12 de maio de 2020 às 17:37

A ProToiro "garante que as praças de toiros têm capacidade de aplicar as medidas sanitárias" que o governo definiu para as salas de espetáculos.

A ProToiro - Federação Portuguesa de Tauromaquia defendeu hoje que a atividade deve retomar a partir do dia 01 de junho, anunciando que vai apresentar ao Governo "21 medidas" para o setor poder trabalhar, devido à pandemia de covid-19.

"Dia 15 de maio [sexta-feira] é o dia da revisão periódica das medidas de desconfinamento, por parte do Governo, no âmbito da pandemia do covid-19, e, como tal, a ProToiro quer ver as touradas de regresso", lê-se num comunicado, enviado à agência Lusa.

O setor tauromáquico anuncia que tem um "plano traçado" nesse sentido para apresentar ao Governo e, assim como vão ser retomados o futebol, o teatro ou o cinema, em 01 de junho, as corridas de toiros "devem merecer o mesmo enquadramento".

A ProToiro revela que o referido plano já foi apresentado ao Presidente da República, numa audiência que decorreu este sábado, no Palácio de Belém.

No comunicado, a Federação Portuguesa de Tauromaquia explica que algumas das propostas a apresentar ao Governo são de "caráter urgente", exigindo, por exemplo, a suspensão ou moratória do pagamento de contribuições fiscais dos artistas, empresários e ganadeiros durante o período de paragem da atividade, bem como a criação de um apoio social de sobrevivência para os artistas impedidos de exercer a sua profissão, durante a vigência da proibição dos espetáculos.

"A isenção do pagamento de Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) das praças de toiros durante o ano de 2020 e a criação de uma linha financeira de apoio à alimentação e manutenção dos cavalos ao encargo dos artistas durante o período de paragem de atividade, são também duas medidas urgentes", defendem.

A descida para 6% da taxa de IVA nos espetáculos tauromáquicos, "em igualdade" com as restantes áreas culturais, é outra das propostas que está colocada em cima da mesa para a retoma da atividade tauromáquica, bem como a criação de um plano de segurança sanitário.

A ProToiro, através da Associação Portuguesa dos Empresários Tauromáquicos (APET), "garante que as praças de toiros têm capacidade de aplicar as medidas sanitárias" que o governo definiu para as salas de espetáculos.

Nesse sentido, recorda que "a quase totalidade" das praças são abertas e têm lugares marcados, "permitindo garantir" o distanciamento social, e que estes recintos "serão sempre" desinfetados antes de todos os espetáculos.

Além de garantirem que o público vai usar máscaras "obrigatoriamente", a ProToiro esclarece que vão ser distribuídos desinfetantes "à porta" dos recintos taurinos e a temperatura será medida "assim que cada espetador chegar".

"Todos os envolvidos no espetáculo serão testados ao covid-19, de acordo com as instruções da Direção-Geral da Saúde (DGS)", lê-se no documento.

A Federação Portuguesa de Tauromaquia recorda ainda no comunicado que "touros e cavalos não são elementos de risco" à saúde pública.

A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 286 mil mortos e infetou mais de 4,1 milhões de pessoas em 195 países e territórios.

Mais de 1,4 milhões de doentes foram considerados curados.

Em Portugal, morreram 1.163 pessoas das 27.913 confirmadas como infetadas, e há 3.013 casos recuperados, de acordo com a DGS.

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