Secções
Entrar

CGTP convoca "grande manifestação" para dia 10 de julho

17 de junho de 2019 às 18:10

Manifestação irá acontecer na mesma data em que se discute o Estado na Nação, como forma de luta à proposta de revisão do Código Laboral.

A CGTP-IN convocou esta segunda-feira uma "grande manifestação" em Lisboa, para dia 10 de julho, data em que se discute o Estado na Nação, como forma de luta à proposta de revisão do Código Laboral.

Numa conferência de imprensa, o secretário-geral daCGTP, Arménio Carlos, disse aos jornalistas que esta proposta do Partido Socialista (PS) representa um "atentado aos direitos dos trabalhadores" e, por isso, apela à sua mobilização no dia 10 de julho.

AIntersindicaldecidiu ainda convocar todos os seus ativistas para estarem presentes nas galerias da Assembleia da República no dia em que tiver lugar a votação daquela proposta.

"Combater as desigualdades passa necessariamente por romper com esta política de legislação laboral", acrescentouArménio Carlos.

A CGTP considera que, com esta proposta de Revisão Laboral, "o PS e o seu Governo não só não restituem aos trabalhadores o direito de negociação e de contratação coletiva (...), como insistem, com o apoio doPSD, doCDSe doPANnuma proposta de lei que legitima e agrava a precariedade, acentua a desregulação dos horários e mantém todas as matérias que facilitam, promovem e aprofundam a exploração dos trabalhadores".

A CGTP marcou em 6 de junho uma reunião extraordinária do Conselho Nacional, para decidir formas de luta para contestar a revisão do Código Laboral que está no parlamento a aguardar a discussão na especialidade.

O secretário-geral da Intersindical, Arménio Carlos, falou à agência Lusa no final do encontro nacional de sindicalistas da CGTP, em que decidiram intensificar a ação em defesa dos direitos constitucionais dos trabalhadores, individuais e coletivos.

Segundo o sindicalista, a proposta de lei doGovernonão resolve os problemas da legislação laboral e ainda os agrava, como é o caso do alargamento do período experimental.

Os sindicalistas defenderam também a necessidade de dinamização da ação reivindicativa em torno dos salários a curto prazo, para "romper com o modelo de baixos salários que persiste".

Entre os pontos da revisão do código laboral que mais contestação têm motivado estão o alargamento do período experimental de três para seis meses, o aumento de 15 para 35 dias dos contratos de muita curta duração e ainda a instituição do banco de horas grupal.

Descubra as
Edições do Dia
Publicamos para si, em três periodos distintos do dia, o melhor da atualidade nacional e internacional. Os artigos das Edições do Dia estão ordenados cronologicamente aqui , para que não perca nada do melhor que a SÁBADO prepara para si. Pode também navegar nas edições anteriores, do dia ou da semana.
Boas leituras!
Artigos recomendados
As mais lidas
Exclusivo

Operação Influencer. Os segredos escondidos na pen 19

TextoCarlos Rodrigues Lima
FotosCarlos Rodrigues Lima
Portugal

Assim se fez (e desfez) o tribunal mais poderoso do País

TextoAntónio José Vilela
FotosAntónio José Vilela
Portugal

O estranho caso da escuta, do bruxo Demba e do juiz vingativo

TextoAntónio José Vilela
FotosAntónio José Vilela