Câmara de Lisboa volta a dizer que Feira da Ladra não vai desaparecer
Apesar do esclarecimento, feirantes já marcaram uma manifestação para esta quarta-feira à tarde. Em causa estão as licenças recusadas para vender no Campo de Santa Clara.
Os feirantes da Feira da Ladra, em Lisboa, marcaram uma manifestação para esta quarta-feira à tarde, em protesto contra as várias recusas de licenciamento por parte da Câmara Municipal de Lisboa, denunciadas por vários participantes. No entanto, a autarquia liderada por Fernando Medina esclareceu esta manhã que a Câmara Municipal de Lisboa não quer acabar com a Feira da Ladra.
"Este boato já foi desmentido pela CML a 26 de outubro de 2018, a 6 de novembro de 2019, e continuará a sê-lo sempre que essa questão for levantada, por quem sabe diretamente pela autarquia que o que está a dizer é falso, e voltar ser partilhada com o intuito de enganar os lisboetas", lê-se na nota de esclarecimento publicada nas redes sociais. Esta quarta-feira, a autarquia de Lisboa voltou a sublinhar que "não há qualquer plano para a remoção da Feira da Ladra do seu local histórico, ou para a sua extinção".
As dúvidas voltaram a surgir depois de várias pessoas, que dizem ter avançado com pedidos de licenciamento para vender da Feira da Ladra às terças-feiras e sábados, terem recebido uma resposta negativa por parte da Câmara Municipal de Lisboa.
Junto ao recinto onde se realiza a Feira da Ladra, no campo de Santa Clara, situa-se também o antigo Hospital da Marinha, uma obra que tem sido alvo de contestação nos últimos anos. A Associação de Defesa do Património Cultural Edificado de São Vicente decidiu até avançar com uma providência cautelar para parar as intervenções, argumentando que as mesmas não respeitavam o Plano Diretor Municipal (PDM). Tratando-se de um imóvel classificado, esta associação opôs-se à construção de dois novos edifícios, que pretendem ser, no futuro, um condomínio de luxo.
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