É assim há décadas. Mudam as caras, dos governos e das oposições, mudam as palavras usadas para atacar os adversários políticos. Fica a realidade de sempre: Portugal só consegue crescer graças ao consumo e ao investimento. Entre Julho e Setembro, estes dois indicadores abrandaram e a economia travou. Quando os dados do Instituto Nacional de Estatística foram conhecidos, as opiniões dividiram-se entre os que, à esquerda, consideram que a variação nula do Produto Interno Bruto (PIB) no terceiro trimestre relativamente ao anterior prova que as políticas do Governo de Passos Coelho estavam erradas; e entre os que valorizam, acima de tudo, o facto de em termos homólogos, e apesar da quebra, a economia nacional registar um crescimento de 1,4%.

A ilusão conveniente da procura interna

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