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A referência ao fascismo não é descabida: a Alemanha nazi proibia o aborto a todas as arianas, a Itália de Mussolini criminalizava o acesso à contracepção e Franco tornou o aborto um crime contra o Estado.
A ESCRITORA e ensaísta Siri Hustvedt, que reside há anos em Brooklyn, vivia no Minnesota em 1972 quando o aborto era ilegal. Lembra-se bem do terror da clandestinidade, das fotos dos cadáveres das mulheres cujas cirurgias caseiras de remoção de fetos deram para o torto, da vergonha do espectro da gravidez perante o pai, do namorado de 21 anos (ela tinha 16) que a abandonou durante horas numa clínica para um simples teste de gravidez – não havia autotestes no início dos anos 70.