Costa podia falar do “comunista” Salazar e do expropriador “comunista” Sá Carneiro, não violando em nada o rigor da comparação. Assim, até se houver um infractor ele beneficia da asneira, que foi o que aconteceu com Costa, que é tudo menos “comunista”.
…é nos nossos dias, em Portugal e em vários países democráticos, a ascensão do populismo. A palavra, o conceito e a definição do populismo enchem tratados de ciência política e são em si mesmos bastante controversos. Eu vou-me ficar por uma definição simples, que reconheço pode ser incompleta e na sua aplicação simplista. Mas para o que quero dizer basta-me: o populismo nasce e cresce pela substituição da democracia pela demagogia. A demagogia, tal como a democracia, tem uma base popular, implica a aceitação da vontade popular, pode implicar processos eleitorais semelhantes aos de uma democracia e, de um modo geral, é “irmã” da democracia. Tem apenas uma diferença crucial: na democracia a vontade popular é moderada pelo primado da lei e pela existência de um sistema de mediações que introduzem uma racionalidade, um tempo lento, um princípio de representação que contrariam a emotividade da demagogia. A democracia precisa de emoção, de razão e de virtude, a demagogia precisa apenas de emoção.
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Numa altura em que o mundo está cada vez mais competitivo, com produtos e serviços semelhantes, as características destes mesmos produtos ou serviços deixam de ter uma maior relevância na escolha do cliente. O que mais influencia a decisão do cliente é a pessoa que o vende.