Um espaço que não consegue garantir a sua própria segurança perde escala económica: quem quer nele investir? Sem soberania não haverá Estado Social e conceitos como Desenvolvimento ou Bem-Estar ficam comprometidos. Como explicar que o regresso da(s) Guerras(s) tem de nos obrigar a rever essa prioridade?
Não é só saber como vamos lidar com Trump. Muito menos definir o verdadeiro grau da ameaça de Putin (que é real e vai subindo de tom). Do que se trata, verdadeiramente, é de conseguir elencar os novos desafios que se nos colocam, para depois sabermos preparar-nos para as batalhas que teremos de ser capazes de travar. Há quatro grandes desafios para o imediato dos países membros da NATO deste lado do Atlântico e para a UE como um todo: o Ártico como nova dimensão da competição geopolítica e geoeconómica; a Defesa como esteio que teremos de garantir e reforçar (não basta somarmos cifrões nos orçamentos nacionais, é preciso saber investir e explorar parcerias e capacidades instaladas); o Clima (sem sustentabilidade climática não haverá sustentabilidade económica e haverá cada vez menos sustentabilidade social); a Democracia (se não a preservarmos, tudo o resto cai). E agora, então, as batalhas que iremos travar: as tarifas, no imediato; o rearmamento, a uma década (de preferência, menos); a coesão (sem consensos internos não haverá força projetada para fora); a Inteligência Artificial (EUA e China têm vantagem avassaladora: vamos limitar-nos a assistir?)
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Só espero que, tal como aconteceu em 2019, os portugueses e as portuguesas punam severamente aqueles e aquelas que, cinicamente e com um total desrespeito pela dor e o sofrimento dos sobreviventes e dos familiares dos falecidos, assumem essas atitudes indignas e repulsivas.
Identificar todas as causas do grave acidente ocorrido no Ascensor da Glória, em Lisboa, na passada semana, é umas das melhores homenagens que podem ser feitas às vítimas.
O poder instituído terá ainda os seus devotos, mas o desastre na Calçada da Glória, terá reforçado, entretanto, a subversiva convicção de que, entre nós, lisboetas, demais compatriotas ou estrangeiros não têm nem como, nem em quem se fiar