Sábado – Pense por si

António José Vilela
António José Vilela
02 de outubro de 2024 às 18:00

Quando o circo chega à política

Temos um Governo minoritário que não parece saber que é minoritário. Temos o principal partido da oposição que não sabe que não é governo. E temos o Chega, que não consegue falar com ninguém tamanhas são as tonteiras que faz todos os dias.

O Orçamento do Estado (OE) foi transformado nas últimas semanas num espetáculo deplorável para a generalidade dos portugueses. Os responsáveis deste cenário de irresponsabilidade, dissimulação e jogos de bastidores para ver quem ganha o quê (e isso vai bem além das convicções políticas, sociais e económicas do OE de cada um) são os partidos políticos. Claro que ninguém é ingénuo ao ponto de não saber que não existe democracia sem partidos e que esse pressuposto implica choque, negociação e soluções alternativas ou "modelações" (como agora se tornou moda dizer) que podem e devem ser defendidas com veemência. Mas isso não desculpa o triste circo em que se tornou o OE de 2025, mesmo tendo em conta um parlamento fragmentado.

Para continuar a ler
Já tem conta? Faça login

Assinatura Digital SÁBADO GRÁTIS
durante 2 anos, para jovens dos 15 aos 18 anos.

Saber Mais
No país emerso

Por que sou mandatária de Jorge Pinto

Já muito se refletiu sobre a falta de incentivos para “os bons” irem para a política: as horas são longas, a responsabilidade é imensa, o escrutínio é severo e a remuneração está longe de compensar as dores de cabeça. O cenário é bem mais apelativo para os populistas e para os oportunistas, como está à vista de toda a gente.