Ao fim de meses de avisos, ameaças e acusações explicitas ou veladas, trocas de cartas e comunicados, avanços e recuos motivados por tática política, Luís Montenegro e Pedro Nuno Santos decidiram finalmente sentar-se à mesma mesa para conversar sobre o Orçamento do Estado (OE). Se a polémica tem entretido a bolha política e mediática, para os portugueses comuns é incompreensível que os líderes dos dois maiores partidos portugueses, que na prática se encontram reféns um do outro, só agora, depois de avisados pela imprensa de que o Presidente da República voltará a dissolver o parlamento no caso de não haver OE, consigam encontrar agenda para falar sobre o assunto.