Sábado – Pense por si

Alberto Gonçalves
Alberto Gonçalves
13 de outubro de 2015 às 08:00

Viva a democracia (popular)!

A fraude – é inevitável uma fraude qualquer – não estava nas sondagens, mas nos eleitores. Num ápice, as redes sociais e o recato de inúmeros gabinetes encheram-se de variações em redor desta tese

Durante quatro anos, ensinaram -nos que: o povo não suportava a austeridade; o povo não aceitava ordens da Alemanha (apenas cheques); o povo não consentia a "espiral recessiva"; o povo desaguava nas ruas para escorraçar o Governo; o povo indignado ainda derramaria sangue; o povo isto; o povo aquilo. Nas televisões e na imprensa, políticos assumidos ou dissimulados, politólogos, comentadores, figuras da "cultura" e a boa gente em geral deram voz ao povo, o povo que, na pior das hipóteses, despacharia a coligação através de um monumental vexame nas urnas.

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A Ucrânia não ficará sozinha

Zelensky vê na integração na UE uma espécie de garantia de segurança, ainda que não compense a não entrada na NATO. É possível sonhar com um cessar-fogo capaz de evitar uma futura terceira invasão russa da Ucrânia (agora para Odessa e talvez Kiev, rumo às paredes da frente Leste da UE)? Nunca num cenário de concessão do resto do Donbass. O invadido a oferecer, pela negociação, ao invasor o que este não foi capaz de conquistar no terreno? Não pode ser. Aberração diplomática que o fraco mediador Trump tenta impor aos ucranianos.