Um estudo recentemente publicado na prestigiada revista científica Nature apresentou uma conclusão dantesca sobre o estado da urgência climática na Europa: no ano de 2023 registaram-se quase 50.000 mortes devido ao calor extremo. Os mapas incluídos no estudo, que fazem a repartição dos dados por região, idade e género, revelam uma ulterior conclusão aterradora: a mancha encarnada que identifica os números mais elevados de mortes cobre, expressivamente, o Sul da Europa, com algumas zonas de Portugal, em especial o Alentejo, preenchidas no tom mais escuro. Portugal encontra-se entre os países onde foram encontradas taxas de mortalidade mais elevadas. E, no entanto, não se fala por cá deste facto tão preocupante: o calor mata milhares de pessoas por ano.