Sábado – Pense por si

João Paulo Batalha
João Paulo Batalha
10 de novembro de 2021 às 08:00

Governar em ditadura

O mais gritante sintoma da nossa crise política não é haver eleições antecipadas, ou disputas de poder partidário. É vermos ressuscitarem os maus vícios de regimes mortos e enterrados.

"Até não sei se a certa altura não é bom haver seis meses sem democracia, mete-se tudo na ordem, e depois então venha a democracia". O desabafo da então líder do PSD, Manuela Ferreira Leite, ficou famoso. Num discurso em 2008, Ferreira Leite criticava José Sócrates por usar uma boa máquina de propaganda para colocar a opinião pública contra algumas classes profissionais, tidas como "privilegiadas", e depois aprovar medidas que doíam nessas classes (não, o "populismo" não foi inventado ontem e tem longa tradição no poder em Portugal).

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A resposta das responsáveis escola é chocante. No momento em que soube que o seu filho sofrera uma amputação das pontas dos dedos da mão, esta mãe foi forçado a ler a seguinte justificação: “O sangue foi limpo para os outros meninos não andarem a pisar nem ficarem impressionados, e não foi tanto sangue assim".

Os portugueses que não voltaram

Com a fuga de Angola, há 50 anos, muitos portugueses voltaram para cá. Mas também houve quem preferisse começar uma nova vida noutros países, do Canadá à Austrália. E ainda: conversa com o chef José Avillez; reportagem numa fábrica de oxigénio.