O Almirante Gouveia e Melo adoptando um estilo quezilento e anti-político deixou pelo menos uma coisa bem clara: não tem jeitinho algum para a função a que se candidata. Afogar-se-á no aquário das presidenciais.
Não querendo competir com as
celebridades que dizem nos programas da moda o que nos vai acontecer de
“certezinha absoluta”, não tendo bola de cristal e já tendo esquecido o pouco
que percebia de cartas, arrisco as minhas previsões, desejando a todos um 2026
com felicidade e saúde.
CARNEIRO – não antevejo sina feliz
para o premier socialista. Será um ano em que Pedro Nuno Santos
continuará a agitar as águas públicas, impedindo navegação a todo o vapor do
novo politburo do Rato. José Luís Carneiro terá de escolher entre o
sentido de estado de permitir o decurso normal da governação, colocando na mesa
propostas negociais razoáveis, ou assegurar prima facie a sua
sobrevivência interna, entrando em modo demagógico ao estilo “Chega”. Garantido
é que, ao menor vislumbre de poder, a ala “costista”, de que é herdeiro Pedro
Nuno, tentará fazer-lhe o que o ídolo deste fez a Seguro, “apunhalando-o” no
senado socialista.
TOURO – Não tenho previsão alguma,
de tão baralhado que estou. O que antes simbolizava cornos, simboliza agora –
segundo Mariana Mortágua – uma homenagem à cultura rock, pelo que os
grupos de forcados devem ser coros gospel. Não arrisco mesmo.
GÉMEOS – Vem-me à memória o hilariante filme protagonizado por Arnold
Schwarzenegger e Danny DeVito em que dois gémeos completamente diferentes
exibem tiques comuns. E, fruto de uma mente que até a mim me preocupa,
lembro-me, em seguida, de Gouveia e Melo e Ventura… Os tiques anti-sistema e
anti-partidos do Almirante são demagogia eleitoral e alguém devia explicar-lhe
que, não sendo partidária, a Presidência é um cargo político, sendo feia a
sobranceria com que olha o meio. Cada vez mais parece um Ventura de farda.
CARANGUEJO – Seria interessante que
alguma comunicação social aproveitasse 2026 para deixar de “andar de lado” e
revelasse, como noutras democracias, se tem alguma inclinação ideológica ou
estratégica. De nada serve temer o que pode advir de um governo populista e, ao
mesmo tempo, viver um encantamento com Ventura mais persistente do que o
fascínio com que o coelho se fixa nos olhos da cobra.
LEÃO – É deste felino a coragem que
se pedirá à maioria parlamentar do PSD. Os ataques políticos programados, as
movimentações sindicais e o escrutínio mediático “militante” estarão em alta
nas diversas fases lunares e com ascendente no PSD.
VIRGEM – Signo escasso na política
se tomado como sinónimo de pureza; talvez possa desejar que tenhamos um ano com
coisas em que tivemos acentuada virgindade nos últimos anos: política sem
populismo, futebol sem casos, sociedade com cordialidade e por aí fora. Sonhar
não custa.
BALANÇA – Agora que o símbolo do PRD
já nada significa, vejo que finalmente oscila a enferrujada balança da Justiça.
Que resultem as reformas, sobretudo na área administrativa e fiscal, onde o
estado da arte roça o escândalo.
ESCORPIÃO – Entre Pedro Nuno e António
Costa, venha o diabo e escolha. Os camaradas que se precatem, porque são
figuras que “picarão” quem esteja no caminho. A maneira como Pedro Nuno Santos
reagiu ao arquivamento do processo de investigação a Luís Montenegro é
rancorosa e pouco menos do que vergonhosa.
SAGITÁRIO e CAPRICÓRNIO –
Tratando-se de duas figuras mitológicas, quem nelas tiver ascendente ou delas
for nativo pode esperar um ano com coisas que não existem: coerência de Ventura
em todas as áreas que não envolvam populismo ou xenofobia, um Chega sem mais
casos escandalosos, o líder parlamentar do mesmo partido fazer uma intervenção
com sentido de estado e três frases gramaticalmente bem arrumadas, entre outras
coisas.
AQUÁRIO – Com passado em mares
revoltos (que respeito), o Almirante Gouveia e Melo adoptando um estilo
quezilento e anti-político deixou pelo menos uma coisa bem clara: não tem
jeitinho algum para a função a que se candidata. Afogar-se-á no aquário das
presidenciais.
PEIXES: agora que entre outras
coisas (como o “bué da” e a palavra “tipo” dita seis vezes numa frase de dez
palavras) a “perca” de algo nada entre nós e o conhecido socialista já não
encomenda “robalos”, resta esperar que a vida pública não descambe numa
tremenda peixeirada que só favorece um político… Esse mesmo! O que promete o
que não pode dar, nos divide por raças e culturas e quer fazer de Portugal a
paróquia que nunca foi.
Horóscopo 2026 – O que não está escrito nas estrelas
O Almirante Gouveia e Melo adoptando um estilo quezilento e anti-político deixou pelo menos uma coisa bem clara: não tem jeitinho algum para a função a que se candidata. Afogar-se-á no aquário das presidenciais.
O País, o Governo, os sindicatos e os assuntos em apreço continuam pendentes como, presumo, os parcos argumentos do manifestante que achou que a nudez era mensagem política.
A propósito das tolices que se disseram em torno da visita de Ronaldo a Trump, lembrei-me de uma de muitas letras geniais de Chico Buarque: “Geni e o Zepelim”.
Apoiando Marques Mendes, recuso-me a “relinchar” alegremente campanha fora, como parece tomar por certo o nosso indómito candidato naquele tom castrense ao estilo “é assim como eu digo e porque sou eu a dizer, ou não é de forma alguma!”.
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Maioria dos problemas que afetam o sistema judicial português transita, praticamente inalterada, de um ano para o outro. Falta de magistrados do Ministério Público e de oficiais de justiça continua a ser uma preocupação central. A esta escassez humana soma‑se a insuficiência de meios materiais e tecnológicos.
O Almirante Gouveia e Melo adoptando um estilo quezilento e anti-político deixou pelo menos uma coisa bem clara: não tem jeitinho algum para a função a que se candidata. Afogar-se-á no aquário das presidenciais.
Este ano de 2025 acabou com a Ordem Internacional Liberal. Parece vir aí uma nova Ordem das Grandes Potências, baseada na Força, já não nas regras. Mas ainda só estamos a iniciar a Transição. Trump fez um primeiro ano de segundo mandato desastroso. Putin agradece e tentará, em 2026, aproveitar o triunfo de ter "conquistado" Washington, apesar de, no terreno, ter falhado a tomada de Kiev. Preparem-se para alguns anos de incerteza, risco e nevoeiro. Nós, europeus, ainda não sabemos lidar com a perda americana