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A União Europeia passou de aliada estratégica dos Estados Unidos da América para uma mera observadora externa num dos processos diplomáticos mais relevantes deste século para o território europeu.
Por estes dias, há algo de chocante mas não necessariamente surpreendente. No volte-face geopolítico mais rápido desde a invasão da Ucrânia, numa questão de apenas dias, a União Europeia passou de aliada estratégica dos Estados Unidos da América para uma mera observadora externa num dos processos diplomáticos mais relevantes deste século para o território europeu. Isto mostra a incapacidade da UE liderar, evidenciando a sua fragilidade e peso na ordem mundial.
A exclusão da União Europeia não é só um golpe diplomático, é também a prova que o ritmo interno que as instituições e as suas lideranças tomam é insatisfatório para gerir crises e ameaças. Perante um estado de alarme, a velocidade da resposta europeia situa-se ainda em níveis decepcionantes. As consecutivas reuniões entre líderes europeus e chefes de estado europeus parecem não acelerar qualquer tipo de movimentação, desconhecendo-se ainda o plano de ação, ou melhor reação. Se o objectivo é mesmo ter um lugar à mesa das grandes decisões, não basta enviar comunicados e fazer reuniões "especiais".
O problema central levantado pela ausência da UE nas negociações de paz não é apenas a frustração de não estar presente num acordo sobre território europeu, mas algo bem mais grave: a percepção global sobre a verdadeira relevância da UE. Ao ser ignorada pelos próprios aliados, porque é que outros não o poderiam fazer? Principalmente, num momento multipolar, a passividade europeia mostra que o continente continua ausente de autonomia estratégica. Mais, ver a China, frequentemente criticada pelos europeus, vítima de guerras comerciais europeias para servir os interesses dos nossos "aliados", defender a inclusão da UE e Ucrânia nas negociações de paz é uma chapada de luva branca na dita aliança estratégica atlântica.
Diante este cenário, a União Europeia precisa de agir. Precisa de agir definindo a sua estratégia para a ação continental e global. Precisa de assumir a sua autonomia estratégica, até de aliados estrangeiros. Precisa de ter capacidade independente e decisiva na defesa dos valores de liberdade e democracia. Mas o que não precisa é de mais soluções que hipotecam o presente e futuro das gerações europeias e mundiais. Nesta semana ouvimos vários líderes defenderem mais uma bazuca europeia, mas desta vez para reforçar a indústria de defesa e complexo militar europeu, para cumprir o acordo da NATO. O que não ouvimos foi a mesma sugestão para resolver problemas graves sociais, no pós-crise financeira de 2008 (onde a resposta foi precisamente contrária). Não ouvimos esta solução para resolver problemas das desigualdades dentro e fora dos países europeus. Não ouvimos para resolver os problemas de habitação que assolam o continente europeu. Não ouvimos como forma de financiar o combate às alterações climáticas. Não ouvimos para estimular a educação. Simplesmente nunca ouvimos para resolver os problemas que afetam as pessoas.
Desengane-se quem ache que não haverá cortes no estado social para financiar este novo investimento. Não há apenas uma maneira de assegurar a independência e segurança territorial. Para além do complexo militar e de defesa, a independência energética é crítica no "combate" aos inimigos externos. O investimento em tecnologia protegendo infraestruturas críticas, dados governamentais/cidadãos e sistemas financeiros. A garantia do abastecimento seguro de alimentos e água potável, monitorizando as cadeias de produção e interiorizá-las no continente. A facilidade com que se substitui prioridades sociais por outras que alimentam um sistema desigual mostra apenas que nunca houve falta de dinheiro, houve e há falta de vontade política de eliminar as desigualdades e injustiças sociais. Perante tudo isto, uma desconexão total entre líderes e povo, entre políticos e cidadãos, como pode aguentar uma democracia?
A questão passa sempre por garantir que as regras e leis estão a ser também transpostas para o mundo digital. Sabemos bem que a maioria destes comentários feitos
fora destas redes sociais trariam consequências legais para estes indivíduos. No entanto, nem sabemos sequer quem os escreve.
São estes os nomes das pessoas que ativamente procuram lucrar com o ódio, a polarização e que atiram areia para cara dos portugueses com falsos problemas. Mas não são só estes nomes que são responsáveis pela deriva antidemocrática, racista e xenófoba que acontece no nosso país.
Uma pessoa que vem da população para a política e que passou por todos os problemas que hoje tenta resolver. Um muçulmano apoiado por judeus. Tudo na sua história parece indicar pouca probabilidade de atingir o sucesso, especialmente no contexto financeiro americano, mas cá está ele.
Se o tema associado à sustentabilidade das próximas gerações sempre teve como prioridade o aspecto ambiental do planeta, cada vez mais parece ser apenas a ponta do iceberg.
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O humor deve ser provocador, desafiar convenções e questionar poderes. É um pilar saudável da liberdade de expressão. Mas quando deixa de ser crítica legítima e se transforma num ataque reiterado e desproporcional, com efeitos concretos e duradouros na vida das pessoas, deixa de ser humor.
O poder não se mede em tanques ou mísseis: mede-se em espírito. A reflexão, com a assinatura do general Zaluzhny, tem uma conclusão tremenda: se a paz falhar, apenas aqueles que aprendem rápido sobreviverão. Nós, europeus aliados da Ucrânia, temos de nos apressar: só com um novo plano de mobilidade militar conseguiríamos responder em tempo eficaz a um cenário de uma confrontação direta com a Rússia.
Até porque os primeiros impulsos enganam. Que o diga o New York Times, obrigado a fazer uma correcção à foto de uma criança subnutrida nos braços da sua mãe. O nome é Mohammed Zakaria al-Mutawaq e, segundo a errata do jornal, nasceu com problemas neurológicos e musculares.