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É impensável achar que o sistema só funciona se continuarmos a alimentar os bilionários, para que eles nos deixem algumas das suas migalhas.
Está-se assistir a mais um louco período de transferência de dinheiro dos mais pobres para os mais ricos acentuando, claro, as desigualdades. Não é novidade na história recente, mas este poderá ser mesmo o maior volume de dinheiro transferido das comunidades mais desfavorecidas para os bilionários. Para isso foi decisivo o desenvolvimento de políticas neoliberais na reestruturação da organização económica e os cada vez mais reduzidos impostos ao capital e aumento sobre os do trabalho. Tudo isto leva ao cocktail perfeito para a manutenção do status quo.
Com a revolução industrial foi aberto também um novo caminho de exploração dos trabalhadores para ganho pessoal dos empresários e industriais que acumularam fortuna à custa de baixos salários e condições laborais. Apesar de todas as lutas sociais e das suas vitórias, há períodos da história que acabam por desfazer em poucos anos todo o trabalho realizado. É o caso da Grande Depressão, causada pelo crash da bolsa americana em 1929, onde grandes empresas investiram em ativos baratos, assegurando o seu enriquecimento após a recuperação económica. É também o caso mais recente da pandemia COVID-19 onde houve o maior aumento de bilionários enquanto trabalhadores viam os seus salários reduzidos, custo de vida a aumentar e muitos perderam mesmo a sua fonte de rendimento. Quem parece ter mais condições para lidar com crises, é também quem mais se beneficia com elas. Não é por acaso que quem procura aumentar o seu capital para níveis de biliões use também táticas menos éticas ou até legais. No caso de Elon Musk, vê a sua fortuna aumentar em 125 mil milhões de euros em apenas 2 meses da eleição de Donald Trump. Já não chega comandar os seus departamentos, definir políticas, estar presente na sua Sala Oval com o seu filho (que faz questão de dizer que Trump não é o presidente), Musk usa o sistema para seu próprio proveito. Musk, neste momento, é o sistema. Se a oligarquia americana acaba por ser um exemplo do aproveitamento político e económico de situações mais frágeis, o que dizer do maior representante do neoliberalismo, Javier Milei, presidente da Argentina. Milei, o herói da Iniciativa Liberal, acaba de cometer a maior fraude registada de criptomoedas incentivando a compra da sua moeda LIBRA para impulsionar a economia da Argentina através de financiamento de pequenas e médias empresas. Conseguiu vaporizar 4.1 mil milhões de dólares dos argentinos antes de apagar todas as suas declarações sobre a mesma. Estratégia aliás não é nova na política, havendo já no passado uma fraude associada à moeda digital MELANIA, inspirada pela mulher do presidente dos Estados Unidos da América.
A forma como aceitamos que este seja o normal é revoltante. Mais, vendo também a contínua deturpação sobre os impostos para os super-ricos como se fosse também novos impostos para o comum cidadão deixa-me incrédulo. Relembrar mais uma vez que enquanto um trabalhador é taxado pelo seu emprego, empresas americanas são taxadas a menos de 1% a actuar na União Europeia com lucros milionários. É impensável achar que o sistema só funciona se continuarmos a alimentar os bilionários, para que eles nos deixem algumas das suas migalhas.
E assim vai seguindo a história da humanidade, onde sabemos que estas transferências parecem ser a única coisa certa na vida. Os ricos ficam mais ricos e os pobres ficam mais pobres. O que os pobres ainda não perceberam é que são cada vez mais. E nos números está a força.
A maior transferência dos mais pobres para os mais ricos
A questão passa sempre por garantir que as regras e leis estão a ser também transpostas para o mundo digital. Sabemos bem que a maioria destes comentários feitos
fora destas redes sociais trariam consequências legais para estes indivíduos. No entanto, nem sabemos sequer quem os escreve.
São estes os nomes das pessoas que ativamente procuram lucrar com o ódio, a polarização e que atiram areia para cara dos portugueses com falsos problemas. Mas não são só estes nomes que são responsáveis pela deriva antidemocrática, racista e xenófoba que acontece no nosso país.
Uma pessoa que vem da população para a política e que passou por todos os problemas que hoje tenta resolver. Um muçulmano apoiado por judeus. Tudo na sua história parece indicar pouca probabilidade de atingir o sucesso, especialmente no contexto financeiro americano, mas cá está ele.
Se o tema associado à sustentabilidade das próximas gerações sempre teve como prioridade o aspecto ambiental do planeta, cada vez mais parece ser apenas a ponta do iceberg.
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O humor deve ser provocador, desafiar convenções e questionar poderes. É um pilar saudável da liberdade de expressão. Mas quando deixa de ser crítica legítima e se transforma num ataque reiterado e desproporcional, com efeitos concretos e duradouros na vida das pessoas, deixa de ser humor.
Trazemos-lhe um guia para aproveitar o melhor do Alentejo litoral. E ainda: um negócio fraudulento com vistos gold que envolveu 10 milhões de euros e uma entrevista ao filósofo José Gil.