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Conta mais a percepção sobre a realidade do que a própria realidade, e os nossos líderes estão cada vez melhores a vender a sua percepção, contribuindo para o desinteresse dos eleitores.
São poucos os exemplos que temos onde a política é feita por pessoas com sentido de missão. O que vemos atualmente é governantes e oposição mais preocupados com a sua própria reeleição. Sentem-se mais capazes de reproduzir boas campanhas eleitorais em vez de apresentar uma visão de futuro com propostas substanciais. Substituem as bússolas morais por máquinas de calcular votos. A visão de futuro? Reduzida a ciclos de 4 ou menos anos. Valores? Desapareceram, engolidos por soundbites vazios e repetidos até à exaustão. O que assistimos são declarações, discursos e espetáculos performativos ensaiados para agradar certos grupos, evitar polémicas e garantir a sobrevivência nas próximas sondagens.
Governar passou a ser comunicar. Podemos ver Carlos Moedas apresentar como seu aquilo que outros pensaram e desenvolveram, enquanto a cidade de Lisboa definha; sucessivos governos que votam contra as propostas na Oposição, mas apresentam-nas mal tenham os pés em São Bento. Conta mais a percepção sobre a realidade do que a própria realidade, e os nossos líderes estão cada vez melhores a vender a sua percepção, contribuindo para o desinteresse dos eleitores. E enquanto isso acontece, as desigualdades sociais e precariedade laboral aumentam; as pessoas trabalham mas continuam sem condições para pagar uma renda; a crise climática acentua-se; os jovens emigram e vidas se perdem. Todos estes problemas não estão a ser resolvidos porque não é essa a verdadeira intenção nem dedicação. Enquanto as grandes ambições pessoais e vaidade política se colocam à frente dos objetivos coletivos, não teremos a capacidade de ter o impacto que desejamos (ou merecemos). Perdemos a capacidade da política ser o espaço do debate de ideias, de confronto de projetos para a sociedade. O respeito foi substituído pelo insulto, as propostas por slogans genéricos e simplistas. Estes líderes não nos devem representar nem inspirar.
Como dar a volta a isto? Criando espaços de diálogo, de debate e troca de ideias, reformular a cobertura mediática sobre a política, aumentar o escrutínio público sobre a classe política, fomentar a educação política nas escolas, incentivar a renovação política. Falta, também, coragem. Coragem para ambicionar um país diferente, como se construir o país do amanhã não fosse apenas um detalhe, mas o principal desafio de quem ocupa cargos públicos. Coragem para assumir uma posição de construção e diálogo. Coragem para efectivamente estabelecer uma relação de proximidade, de honestidade e respeito com os cidadãos. Só assim podemos passar de políticos com ambição de ser, para políticos com ambição de fazer.
E esperamos sempre, de forma ingénua, que alguém ao nosso lado avance e se levante. Mas a única certeza é que se não formos nós a dar esse passo, pode não chegar a acontecer. O que me fez aproximar da política é a possibilidade de mudar a vida das pessoas para melhor, de ter impacto. De trabalhar para apresentar um futuro alternativo ao nosso país e União Europeia, que devolva a confiança das pessoas nas nossas instituições, mas acima de tudo que seja um exemplo de que é possível fazer diferente. E acreditem que é. Ao longo do meu (curto) percurso dentro e fora da política, conheci muitas pessoas inspiradoras, com conhecimento e valores para desenvolver o nosso país. Pessoas com toda a coragem e motivação. Mas são também estas que se vão afastando deste show político, que vão perdendo a esperança. E nunca precisámos tanto delas.
Enquanto vemos este espetáculo político, enquanto fixamos o olhar no palco, atento a todas as movimentações de bastidores, perdemos a realidade a passar ao nosso lado - o país real - ficando tudo mais esquecido debaixo do tapete. Muita comunicação, pouca ação, muitos holofotes, mas pouca luz e clarividência.
A questão passa sempre por garantir que as regras e leis estão a ser também transpostas para o mundo digital. Sabemos bem que a maioria destes comentários feitos
fora destas redes sociais trariam consequências legais para estes indivíduos. No entanto, nem sabemos sequer quem os escreve.
São estes os nomes das pessoas que ativamente procuram lucrar com o ódio, a polarização e que atiram areia para cara dos portugueses com falsos problemas. Mas não são só estes nomes que são responsáveis pela deriva antidemocrática, racista e xenófoba que acontece no nosso país.
Uma pessoa que vem da população para a política e que passou por todos os problemas que hoje tenta resolver. Um muçulmano apoiado por judeus. Tudo na sua história parece indicar pouca probabilidade de atingir o sucesso, especialmente no contexto financeiro americano, mas cá está ele.
Se o tema associado à sustentabilidade das próximas gerações sempre teve como prioridade o aspecto ambiental do planeta, cada vez mais parece ser apenas a ponta do iceberg.
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O humor deve ser provocador, desafiar convenções e questionar poderes. É um pilar saudável da liberdade de expressão. Mas quando deixa de ser crítica legítima e se transforma num ataque reiterado e desproporcional, com efeitos concretos e duradouros na vida das pessoas, deixa de ser humor.
O poder não se mede em tanques ou mísseis: mede-se em espírito. A reflexão, com a assinatura do general Zaluzhny, tem uma conclusão tremenda: se a paz falhar, apenas aqueles que aprendem rápido sobreviverão. Nós, europeus aliados da Ucrânia, temos de nos apressar: só com um novo plano de mobilidade militar conseguiríamos responder em tempo eficaz a um cenário de uma confrontação direta com a Rússia.