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Assiste-se mais uma vez a um silêncio absoluto e a uma cobertura inexistente sobre as negociações que estão a ocorrer na COP29, conferência das Nações Unidas sobre as Alterações Climáticas.
Em condições normais, este seria o momento para galvanizar e mobilizar a sociedade civil, pressionar os nossos políticos a tomar as decisões certas para o nosso futuro e a informar os cidadãos dos acontecimentos históricos em curso. No entanto, assiste-se mais uma vez a um silêncio absoluto e a uma cobertura inexistente sobre as negociações que estão a ocorrer na COP29, conferência das Nações Unidas sobre as Alterações Climáticas.
Aproximamo-nos mesmo do final desta conferência, onde o principal objectivo seria estabelecer um novo valor para a ajuda financeira para combater e promover a adaptação às mudanças climáticas. E, como em tantas outras, caminhamos para um resultado final que não parece ser o desejado. O previsto aumento significativo do financiamento climático é atenuado por "mas", "se" ou "tentar". E sabemos bem que esta conferência é crucial para conseguirmos negociações globais eficazes, visto que é das poucas alturas do ano em que conseguimos colocar à mesa os líderes de todos os países a falar sobre clima. Mas também é nesta altura; todos os anos; que somos recordados da frustração das suas conclusões.
Falemos então de esperança: Vemos países a aumentarem as suas ambições de redução de emissão entre 2030 e 2050. Vemos mais milhares de milhões de euros a ser adicionados para financiamento climático. Vemos uma diversificação muito positiva nos mecanismos de apoio e mitigação. E, como consequência da maior incidência de fenómenos extremos, vemos também a consciencialização das populações e representantes aumentada para este problema. Será que é suficiente? Cientistas já nos disseram que não. Mas sabemos também que nunca se fez tanto pelo clima como em 2024 (no bom e no mau sentido). E cada vez seremos mais, até que se te torne realmente uma maioria social que nos levará a atacar este para problema como devia ter sido desde o início: pelas emissões.
A dificuldade para instar os nossos governos também se prende com o aparecimento de múltiplos riscos geopolíticos e económicos a curto prazo que camuflam todos os outros problemas a médio prazo. Precisamos de ser cada vez mais ambiciosos num momento em que parece que estamos em contraciclo de direitos, liberdades e valores. Numa semana em que o novo parlamento europeu e com uma maioria de direita insistiu em fazer alterações para enfraquecer a lei sobre a desflorestação. No mês em que vemos Donald Trump ascender a presidente de uma das nações com mais impacto no clima. No ano mais quente já registado no nosso planeta. Este não seria certamente o ponto de partida, mas é aquele que temos a partir de hoje, e é aquele que temos de trabalhar para mudar. Nunca é demais relembrar que o custo económico da inacção é bastante superior a todos os custos e investimentos em adaptação e mitigação climática. O próprio World Economic Forum apresentou como principais riscos para a próxima década por ondem decrescente: o falhanço da luta climática, fenómenos extremos e perda de biodiversidade.
Assistimos nas últimas semanas a uma pequena demonstração de força da própria Natureza. A inacção climática (mantendo o ritmo de aumento do consumo, e, consequentemente aumento de emissões de carbono para a atmosfera) levará a um aumento médio da temperatura global entre 3 a 5 ºC. Pode parecer pouco, mas com
apenas 1,2ºC vemos a destruição das últimas semanas no Sul de Espanha e Portugal. E o quão mal preparados estamos.
Bem, mas ao menos sabemos quem vai ser a chefe de gabinete de Trump e as características do eleitorado dos swing-states dos Estados Unidos da América ou mesmo criar guerras culturais e tentar exportá-las para o nosso continente, pode ser que isso nos ajude a reduzir emissões.
A questão passa sempre por garantir que as regras e leis estão a ser também transpostas para o mundo digital. Sabemos bem que a maioria destes comentários feitos
fora destas redes sociais trariam consequências legais para estes indivíduos. No entanto, nem sabemos sequer quem os escreve.
São estes os nomes das pessoas que ativamente procuram lucrar com o ódio, a polarização e que atiram areia para cara dos portugueses com falsos problemas. Mas não são só estes nomes que são responsáveis pela deriva antidemocrática, racista e xenófoba que acontece no nosso país.
Uma pessoa que vem da população para a política e que passou por todos os problemas que hoje tenta resolver. Um muçulmano apoiado por judeus. Tudo na sua história parece indicar pouca probabilidade de atingir o sucesso, especialmente no contexto financeiro americano, mas cá está ele.
Se o tema associado à sustentabilidade das próximas gerações sempre teve como prioridade o aspecto ambiental do planeta, cada vez mais parece ser apenas a ponta do iceberg.
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O humor deve ser provocador, desafiar convenções e questionar poderes. É um pilar saudável da liberdade de expressão. Mas quando deixa de ser crítica legítima e se transforma num ataque reiterado e desproporcional, com efeitos concretos e duradouros na vida das pessoas, deixa de ser humor.
O poder não se mede em tanques ou mísseis: mede-se em espírito. A reflexão, com a assinatura do general Zaluzhny, tem uma conclusão tremenda: se a paz falhar, apenas aqueles que aprendem rápido sobreviverão. Nós, europeus aliados da Ucrânia, temos de nos apressar: só com um novo plano de mobilidade militar conseguiríamos responder em tempo eficaz a um cenário de uma confrontação direta com a Rússia.
Até porque os primeiros impulsos enganam. Que o diga o New York Times, obrigado a fazer uma correcção à foto de uma criança subnutrida nos braços da sua mãe. O nome é Mohammed Zakaria al-Mutawaq e, segundo a errata do jornal, nasceu com problemas neurológicos e musculares.