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Esta é uma das faces invisíveis da crise da habitação: além da escassez de casas, muitas das que estão disponíveis não são eficientes energeticamente, forçando muitas famílias a enfrentar condições precárias e a escolher entre aquecer as suas casas ou suprir outras necessidades básicas, como alimentação ou saúde.
Esta é uma das faces invisíveis da crise da habitação: além da escassez de casas, muitas das que estão disponíveis não são eficientes energeticamente, forçando muitas famílias a enfrentar condições precárias e a escolher entre aquecer suas casas ou suprir outras necessidades básicas, como alimentação ou saúde.
Morrer de frio pode parecer uma hipérbole, mas em Portugal é uma realidade que está a tornar-se cada vez mais presente. À constante pobreza económica que o país enfrenta, junta-se também a pobreza energética.
A pobreza energética é um problema complexo que resulta de uma combinação de fatores, como a insuficiência de rendimentos, a dificuldade em obter serviços energéticos eficientes e de boa qualidade, o mau desempenho energético das habitações e a falta de conhecimentos sobre o uso eficiente da energia, não sendo, portanto, uma situação exclusiva das classes económicas mais baixas.
Quem nunca passou frio em casa ou se preocupou com a conta da luz no Inverno que atire a primeira pedra, pois a maior parte das casas portuguesas, apesar do clima mediterrânico, não foram concebidas para conservar calor adequadamente. No verão, o problema inverte-se, com as casas a sobreaquecerem facilmente.
Esta é uma das faces invisíveis da crise da habitação: além da escassez de casas, muitas das que estão disponíveis não são eficientes energeticamente, forçando muitas famílias a enfrentar condições precárias e a escolher entre aquecer as suas casas ou suprir outras necessidades básicas, como alimentação ou saúde.
Segundo os dados desta semana do relatório da Comissão Europeia sobre o estado da energia, Portugal é o país com maior taxa (20,8%) de pobreza energética na União Europeia, juntamente com Espanha, seguindo-se a Bulgária (20,7%) e a Lituânia (20%). Tal afigura-se particularmente preocupante tendo em conta os invernos amenos que se vivem na Península Ibérica, comparativamente com os restantes países europeus.
A situação torna-se ainda mais alarmante quando se considera a liderança de Portugal na produção de energia renovável. Este feito de nada serve se a energia produzida não for utilizada para beneficiar as populações mais vulneráveis e ficar refém das empresas de produção e distribuição de energia, que continuam a lucrar ano após ano.
O combate à pobreza energética é uma das formas mais claras de promover a justiça climática prevista na tão aclamada Lei de Bases do Clima, que até hoje nem o PS nem a AD foram capazes de implementar. Apesar da Estratégia Nacional de Longo Prazo de Combate à Pobreza Energética ter sido publicada no início deste ano com o objetivo ambicioso de erradicar este problema em Portugal até 2050, ainda não há nenhum plano de ação para que isto aconteça e com estes dados mais recentes, este objetivo parece tornar-se cada vez mais longínquo.
Faz frio cá dentro e é imperativo colocar esta temática no centro do debate político e nas prioridades das políticas públicas em Portugal, não só por promover a sustentabilidade ambiental como também a justiça social. A transição energética justa não pode ser apenas um conceito abstrato nas agendas políticas. Esta deve ser acompanhada de uma transformação real no acesso à energia, com foco prioritário nos grupos mais vulneráveis. Caso contrário, continuaremos a ver o agravamento de uma situação em que muitas famílias são forçadas a escolher entre colocar comida na mesa ou aquecer as suas casas.
Depois do verão mais quente de sempre e dos mais recentes tsunamis geopolíticos, que têm comprometido a estabilidade global e os compromissos internacionais para o combate às alterações climáticas, esta organização traz consigo uma vontade redobrada de fazer cumprir os compromissos portugueses quer ao nível nacional e internacional.
Este descuido permitiu que os oligarcas da era digital minassem os sistemas económico e político, enquanto que a União Europeia tenta agora recuperar a autoridade que lhe escapou por entre os dedos.
As imagens apocalípticas dos incêndios parecem, assim, uma premonição do caos que se avizinha, especialmente tendo em conta que acontecem mesmo antes da tomada de posse de Donald Trump, um dos mais notórios promotores do negacionismo climático a nível internacional.
As odes de revertermos a situação climática para onde caminhamos parecem cada vez mais escassas e o aproximar do final da década deixa-nos cada vez com menos tempo.
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Brigitte e Emmanuel nada têm a ganhar com este processo que empestará ainda mais a atmosfera tóxica que rodeia o presidente, condenado às agruras políticas de um deplorável fim de mandato
Esta ignorância velha e arrastada é o estado a que chegámos, mas agora encontrou um escape. É preciso que a concorrência comece a saber mais qualquer coisa, ou acabamos todos cidadãos perdidos num qualquer festival de hambúrgueres