A Ucrânia exige a retirada das tropas russas do seu território, incluindo a Crimeia, anexada em 2014, como pré-condição para negociações com Moscovo.
A embaixada da Ucrânia junto do Vaticano respondeu hoje ao Papa que durante a Segunda Guerra Mundial "ninguém falou de negociações de paz com Hitler", depois de Francisco ter defendido conversações entre ucranianos e russos.
Lusa
"É muito importante ser coerente! Quando falamos da Terceira Guerra Mundial, que estamos a viver, temos de aprender as lições da Segunda Guerra Mundial", escreveu a representação diplomática nas redes sociais, segundo a agência espanhola EFE.
"Nessa altura, alguém falou seriamente de negociações de paz com Hitler e da bandeira branca para o satisfazer? Então, a lição é só uma: se queremos acabar com a guerra, temos de fazer tudo o que pudermos para matar o Dragão!", acrescentou.
O Papa Francisco apelou à "coragem de levantar a bandeira branca e negociar" para pôr fim à guerra na Ucrânia "antes que as coisas piorem", numa entrevista à televisão suíça divulgada no sábado.
"Quando vemos que estamos derrotados, que as coisas não estão a correr bem, temos de ter a coragem de negociar. Temos vergonha, mas com quantos mortos é que isso vai acabar?", questionou o Papa.
"Negoceiem a tempo, encontrem alguns países para mediar. Na guerra da Ucrânia, há muitos. A Turquia ofereceu-se. E outros. Que não tenham vergonha de negociar antes que a situação se agrave", acrescentou na entrevista à Radiotelevisão Suíça.
Após a divulgação da entrevista, a Santa Sé esclareceu que o Papa não estava a falar de rendição, mas sim de negociação.
A Turquia ofereceu-se no sábado para acolher uma cimeira de paz entre Kiev e Moscovo durante uma visita do Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, a Istambul.
"Qualquer proposta de resolução desta guerra deve partir da fórmula proposta pelo país que defende o seu território e o seu povo", respondeu Zelensky à oferta do homólogo turco, Recep Tayyip Erdogan.
"Queremos uma paz justa", acrescentou.
A Ucrânia exige a retirada das tropas russas do seu território, incluindo a Crimeia, anexada em 2014, como pré-condição para negociações com Moscovo.
Moscovo respondeu à exigência ucraniana afirmando que Kiev tem de se conformar com a nova realidade.
Além da Crimeia, a Rússia anexou as regiões de Donetsk, Lugansk, Kherson e Zaporijia depois de ter invadido a Ucrânia em 24 de fevereiro de 2022, desencadeando a guerra em curso.
Kiev e a generalidade da comunidade internacional não reconhecem a soberania russa nas regiões anexadas à Ucrânia.
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