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Três detidos em manifestações violentas em Paris

Uma multidão de jovens, incluindo grupos anarquistas e antifascistas, concentrou-se perto do Palácio da Bastilha. Carros foram incendiados nos confrontos

Manifestantes envolveram-se hoje em confrontos com a polícia em cidades francesas, após o anúncio da passagem da candidata de extrema-direita, Marine Le Pen, à segunda volta das eleições presidenciais em França. A polícia francesa já deteve três pessoas.

Uma multidão de jovens, incluindo grupos anarquistas e antifascistas, concentrou-se perto do Palácio da Bastilha, no leste da capital francesa, Paris, mas também noutras cidades, como Marselha e Estrasburgo. Os manifestantes consideram que esta é a "noite das barricadas", referente às manifestações anti-autoritarismo ocorridas no dia 10 de Maio de 1968 dentro do contexto das manifestações estudantis daquele ano, concentradas na então recém-criada Universidade Paris-Nanterre.

Na Praça da Bastilha, manifestantes empunhavam bandeiras vermelhas e gritavam "Não à Marine e não a Macron", revoltados com os resultados da primeira ronda das eleições presidenciais francesas, em que os dois candidatos mais votados foram o centrista Emmanuel Macron e Marine Le Pen (extrema-direita).

Mais tarde, cerca de 300 pessoas reuniram-se num protesto pacífico na Praça da República, agitando bandeiras vermelhas e dançando à volta de uma fogueira, enquanto cantavam "Agora queimem os vossos cartões eleitorais".

Arrests of demonstrators in Paris #NuitDesBarricades Cops try to disperse the demonstrators but ppl are setting barricades #antireport pic.twitter.com/brj96SIo3Q

Destes protestos, a polícia francesa deteve três pessoas, em que se registaram confrontos entre manifestantes e autoridades, causando pelo menos dois feridos.

Contudo, a manifestação dos "anti-fascistas" continua pelas ruas de Paris. Na capital francesa, a polícia disparou gás lacrimogéneo para dispersar uma multidão cada vez mais desordeira, enquanto a polícia antimotim cercou a área. Alguns carros foram incendiados, e confrontos com a polícia e barreiras anti-imigrantes estão a ser derrubadas. 

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