Sábado – Pense por si

"Todos aqueles que têm de ser punidos vão ser castigados", garante presidente do Irão

Rouhani disse, num discurso televisivo, que para o "povo é muito importante que quem quer se seja responsável por um ato de negligência seja levado perante a justiça”. As autoridades assumiram a responsabilidade pela queda de um avião civil ucraniano atingido por um míssil nos arredores de Teerão.

O presidente do Irão, Hassan Rouhani, disse esta terça-feira que o país vai "punir" todos os responsáveis pela queda do avião civil ucraniano atingido por um míssil nos arredores de Teerão no dia 8 de janeiro.

"Para o nosso povo é muito importante que quem quer se seja responsável por um ato de negligência seja levado perante a justiça", disse Rohani num discurso televisivo transmitido hoje de manhã em Teerão.

"Todos aqueles que têm de ser punidos vão ser castigados", acrescentou o presidente do Irão.

De acordo com a Associated Press, as autoridades iranianas efetuaram detenções alegadamente relacionadas com o derrube do aparelho.

O governo da República islâmica acabou por reconhecer que o avião das linhas aéreas da Ucrânia, com 176 pessoas a bordo, foi abatido "por erro" por um míssil balístico iraniano, na passada quarta-feira.

O anúncio da responsabilidade das forças armadas do Irão suscitou choque e uma vaga de indignação na capital do Irão.

No sábado à noite, uma cerimónia de homenagem às vítimas transformou-se numa manifestação contra as autoridades, com gritos de "morte aos mentirosos", antes de ser dispersa pela polícia.

No domingo à noite houve outras manifestações de raiva, de uma amplitude difícil de avaliar.

Segundo a agência Associated Press, as forças de segurança iranianas dispararam balas reais e gás lacrimogéneo para dispersar os manifestantes e organizações não-governamentais de defesa de direitos humanos já pediram ao Irão que permita que as pessoas protestem pacificamente, conforme prevê a Constituição

No país emerso

Por que sou mandatária de Jorge Pinto

Já muito se refletiu sobre a falta de incentivos para “os bons” irem para a política: as horas são longas, a responsabilidade é imensa, o escrutínio é severo e a remuneração está longe de compensar as dores de cabeça. O cenário é bem mais apelativo para os populistas e para os oportunistas, como está à vista de toda a gente.