Guarda Civil Espanhola deteve um jovem de 20 anos, na segunda-feira, suspeito de ter assassinado Mateo, de 11 anos, no domingo. Ao confessar o crime, o jovem demonstrou um discurso pouco coerente e pai diz que tem uma incapacidade mental de 75%.
Às 10 da manhã de domingo, enquanto jogava futebol com os amigos, Mateo, de 11 anos, foi atacado e esfaqueado. Como suspeito do autor do crime, foi detido, no dia seguinte, Juan Francisco, de 20 anos. As autoridades acreditam que depois de ter cometido o crime, o jovem andou cerca de dois quilómetros pela cidade, com o rosto descoberto, sem que ninguém desse por ele. Os rapazes que estariam a jogar à bola com Mateo, reconheceram-no nas gravações mas não sabiam o seu nome.
guarda civil espanholaREUTERS/Abdul Saboor
Esta quinta-feira, Juan Francisco foi colocado em prisão preventiva pelo juiz do tribunal de instrução n.º3 de Toledo. Foi acusado pelo procurador de um crime de homicídio, que pediu a sua transferência para "um centro, unidade, ou departamento adequado à situação de incapacidade" do suspeito, adianta o jornal El País.
Uns dias antes do crime, um rapaz foi visto a andar atrás das crianças com uma bengala, e a assobiar, enquanto se aproximava e afastava deles, relata um vizinho, habitante de Mocejón (Toledo) em Espanha, ao jornal espanhol El Mundo. O seu primeiro depoimento foi prestado após ser detido em casa do pai e esta quinta-feira será presente a juiz.
Na confissão, o jovem apresentou um discurso de delírio e pouco coerente onde se refere a si próprio como tendo um alter-ego. "Era o meu outro eu, era a minha cópia. Eu estava lá, mas não estava", relatam vários jornais espanhóis. Ao saber que uma câmara o tinha gravado a circular pela cidade, o jovem garantiu às autoridades que lhe tinham copiado o rosto.
Do que se sabe, tanto ele como o irmão mais novo, de 16 anos, viajam regularmente entre Mocejón e Madrid, onde mora a mãe. O pai garantiu em entrevista ao El País que Juan tem uma incapacidade mental de 75% e que frequenta uma escola especial.
Fernando ainda não acredita no que aconteceu: estava a dormir a sesta quando "bateram à porta e perguntaram por Juan. Chamei-o e ele desceu. Primeiro não estava a acreditar no que dizia a Guardia Civil, pensava que o meu filho tinha ido diretamente para casa da avó. Depois vi que tinham muitos dados, toda a informação necessária para o deter e disse-lhe para os ouvir. Fizeram a busca, deixaram tudo como está agora e levaram o Juan sob custódia. Depois comecei a acreditar", contou ao diário espanhol.
Segundo o pai, o jovem é "calado, sem amigos, precisa de sair à rua para estar bem". Acrescentado que "há algum tempo deixou de me ouvir, voltou-se um filho contra o pai". Juan terá, segundo Fernando, uma incapacidade de 75%, não toma medicação e no último ano esteve matriculado no colégio público de Educação Especial Severo Ochoa de Alcorcón, em Madrid. Chegou a Mocejón há cerca de uma semana para estar com o pai, depois de umas férias. Sem sinais de alterações nas rotinas, Juan continuava a levantar-se às 9h, tomava o pequeno-almoço, depois saía para passear no campo e ia a casa da avó, onde mudava de roupa. Ali almoçava e regressava a casa do pai para passar a tarde ao sol e junto à piscina insuflável.
A arma do crime ainda não foi confirmada, tendo sido encontrada uma faca perto da casa do suspeito que está a ser analisada. A faca de mesa com cabo de madeira foi encontrada por um funcionário da limpeza municipal, num descampado. Estava limpa, mas os cães identificaram "vestígios biológicos humanos" e a mesma corresponde às lesões que sofreu Mateo.
Suspeito de ter matado menino espanhol fica em prisão preventiva
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