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Seis jihadistas detidos antes da chegada de Merkel à Turquia

23 de abril de 2016 às 16:36
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"Os suspeitos queriam atacar dignitários do Estado e alvos estratégicos", segundo as autoridades em Konya, zona onde Merkel vai estar

Seis estrangeiros suspeitos de ligações ao Estado Islâmico foram detidos na Turquia e acusados de planear um ataque contra "dignitários de Estado", horas antes da visita ao país de altos representantes da União Europeia, indicaram as autoridades turcas, este sábado.

 

As detenções ocorreram durante a madrugada em Konya, numa altura em que a Turquia se prepara para a visita do presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, da chanceler alemã, Angela Merkel, e do vice-presidente da Comissão Europeia, Frans Timmermans, a um campo de refugiados na província de Gaziantep, no sul do país, com fronteira com a Síria e os territórios controlados pelo auto-proclamado Estado Islâmico.

 

"Os suspeitos queriam atacar dignitários do Estado e alvos estratégicos", segundo a agência France Presse, que cita um comunicado das autoridades em Konya, uma cidade onde a polícia tem levado a cabo várias operações contra círculos jihadistas suspeitos. "A operação ajudou a impedir um eventual ataque", acrescenta o comunicado.

 

A deslocação acontece três semanas depois do reenvio para a Turquia dos primeiros migrantes da Grécia, no quadro do controverso acordo assinado no passado dia 18 de Março, em que a Turquia se comprometeu a aceitar o regresso ao seu território de todos os migrantes chegados ilegalmente à Grécia a partir de 20 de Março.

 

O plano prevê, por outro lado, que por cada refugiado sírio reenviado para a Turquia, outro seja "instalado" num país europeu, num limite de 72 mil vagas.

 

Em contrapartida, os europeus aceitaram disponibilizar até seis mil milhões de euros, relançar as discussões da adesão da Turquia à União Europeia e acelerar o processo de libertação de vistos para os turcos.

 

O Governo turco, que prometeu aos seus 79 milhões de cidadãos a isenção dos 'visas' até ao final de Junho, ameaçou esta semana não respeitar o acordo, caso os europeus não honrassem os seus compromissos.

 

O executivo europeu anunciou, entretanto, que apresentará um relatório sobre o assunto no próximo dia 4 de Maio.

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