Sábado – Pense por si

Schäuble sai em defesa de Dijsselbloem

"Já houve explicações suficientes", defendeu o ministro das finanças alemão sobre as polémicas declarações do presidente do Eurogrupo

"Copos e mulheres" podem não ser o mais conservador dos investimentos, mas ainda menos serão argumentos para uma discussão sobre a finança da Europa. E se Jeroen Dijsselbloem, presidente do Eurogrupo, se tem esforçado para justificar a expressão usada para discutir a gestão financeira dos países do Sul da Europa, agora recebeu o apoio de um peso pesado europeu  - ministro das Finanças alemão, Wolfgang Schäuble.

"Como todos os leitores alemães do jornal, não fiquei ofendido pela entrevista. Mas sabemos que em outros países europeus, especialmente em Espanha, esta entrevista foi lida de forma diferente", afirmou Schäuble na conferência de imprensa, organizada depois da reunião do Ecofin, esta sexta-feira em Malta, onde defendeu que "já houve explicações suficientes" e "já chega" de discutir a polémica que levou muitos a pedir a demissão do holandês.

A origem da polémica.

Jeroen Dijsselbloem foi alvo de críticas depois da entrevista ao jornal Frankfurter Zeitung, na qual afirmou, referindo-se aos países do Sul da Europa, que "não se pode gastar todo o dinheiro em copos e mulheres e depois pedir ajuda", o que motivou o pedido de demissão pelo Governo português.

À entrada do Eurogrupo de sexta-feira, Jeroen Dijsselbloem afirmou que não se demite e mostrou-se disponível para cumprir o mandato até ao fim, ou seja, até janeiro.

Na sexta-feira, em Malta, o secretário de Estado das Finanças português exigiu um pedido de desculpas público ao presidente do Eurogrupo e manteve o pedido de demissão de Dijsselbloem feito pelo governo de Lisboa

As 10 lições de Zaluzhny (I)

O poder não se mede em tanques ou mísseis: mede-se em espírito. A reflexão, com a assinatura do general Zaluzhny, tem uma conclusão tremenda: se a paz falhar, apenas aqueles que aprendem rápido sobreviverão. Nós, europeus aliados da Ucrânia, temos de nos apressar: só com um novo plano de mobilidade militar conseguiríamos responder em tempo eficaz a um cenário de uma confrontação direta com a Rússia.