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Professor brasileiro de Harvard deixa EUA após "caçar ratos" a tiro perto de sinagoga

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Gesto foi considerado "antisemita" e o visto de permanência no país acabou por ser revogado.

Carlos Portugal Gouvêa, professor brasileiro de Direito que dava aulas, como convidado, na prestigiada Universidade de Harvard, deixou os Estados Unidos depois de ter sido preso por disparar tiros com uma pressão de ar perto de uma sinagoga durante o Yom Kippur (dia sagrado do judaísmo). A agência Associated Press avança que o professor chegou este sábado ao Brasil. 

Carlos Portugal Gouvêa era professor convidado em Harvard
Carlos Portugal Gouvêa era professor convidado em Harvard Harvard

Detido pelos serviços de Imigração, que revogaram o seu visto de permanência no país, Carlos Portugal Gouvêa acabou por deixar os Estados Unidos por vontade própria, não necessitando de ser deportado, segundo contaram os seus advogados. 

O departamento de segurança interna classificou o incidente, que teve lugar em outubro, em Boston, como antisemita. A polícia foi chamada ao local depois de "um indivíduo, que mora perto da sinagoga, estar a disparar tiros, num dia religioso". Mais tarde, o professor, que assumiu os disparos, disse que estava apenas... a matar ratos.

O gesto foi considerado "uma afronta" pela secretária-adjunta para os Assuntos Públicos do Departamento de Segurança Interna. "Não há espaço nos Estados Unidos para atos descarados e violentos de antissemitismo como este”, disse Tricia McLaughlin, classificando-o como “uma ameaça inaceitável contra os cidadãos americanos cumpridores da lei”.

No mês passado, a defesa do professor brasileiro chegou a um acordo para resolver a acusação de disparo ilegal da arma. Acedeu cumprir seis meses de liberdade condicional e pagar pouco quase 400 dólares de indemnização. As acusações de perturbação da paz, conduta desordeira e vandalismo foram retiradas.

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