Um javali poderia ter ingerido comida infetada e assim dar origem ao foco que as autoridades detetaram há uma semana, em 28 de novembro.
O foco de Peste Suína Africana (PSA) detetada há uma semana em javalis na Catalunha, nordeste de Espanha, pode ter tido origem num laboratório, revelou esta sexta-feira o Governo espanhol.
Peste suína africana em Espanha com possível origem em laboratórioCMTV
Segundo um comunicado do Ministério da Agricultura de Espanha, um laboratório "de referência" da União Europeia (UE) analisou o genoma do vírus que infetou javalis do parque natural de Collserola, na região de Barcelona, e concluiu que é diferente de todos os "vírus que circulam atualmente nos Estados membros", mas similar a outro que circulou na Geórgia e é conhecido como "Georgia 2007".
"A estirpe do vírus 'Goergia 2007' é um vírus de 'referência' que se utiliza com frequência em infeções experimentais em instalações de confinamento [laboratórios] para realizar estudos do vírus ou para avaliar a eficácia de vacinas", explica o ministério no mesmo comunicado.
Perante as conclusões desta análise do laboratório reconhecido pelas autoridades europeias, é possível que "a origem do vírus não esteja em animais ou produtos de origem animal provenientes de algum dos países em que há atualmente infeção", acrescenta o Ministério da Agricultura.
O Governo ordenou, assim, a abertura de uma nova investigação para avaliar a possibilidade de o vírus detetado na Catalunha ter tido origem num laboratório.
As autoridades da Catalunha tinham anteriormente dito que a origem do vírus poderia estar num enchido contaminado, provavelmente dentro de uma sandes abandonada nas imediações do parque natural de Collserola, uma zona onde circulam muitos camiões e onde há áreas de serviço.
Neste caso, um javali poderia ter ingerido comida infetada e assim dar origem ao foco que as autoridades detetaram há uma semana, em 28 de novembro.
Desde então, foram já encontrados 13 javalis mortos que estavam infetados com PSA.
Por outro lado, continuam sem ser detetados casos nas 39 explorações de suinicultura que existem na zona, num raio de 20 quilómetros em redor do foco de PSA identificado nos javalis do parque natural de Collserola.
Não era detetada PSA em Espanha desde 1994.
O vírus da PSA não se transmite a seres humanos, mas é altamente contagioso e mortal entre javalis e suínos.
As autoridades espanholas têm no terreno centenas de militares, polícias, guardas florestais e outros profissionais em trabalhos de controlo, captura de animais e desinfeção.
Os acessos a um perímetro de vários quilómetros do parque natural estão fechados desde sexta-feira e já foram analisadas dezenas de animais, segundo as autoridades.
Espanha é o maior produtor de carne de porco da União Europeia e o terceiro maior do mundo. Exporta anualmente 8.800 milhões de euros de carne de porco.
Por causa dos casos detetados na Catalunha em javalis selvagens, foram já suspensas importações por cerca de 40 países.
Na sexta-feira da semana passada, a Direção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV) de Portugal apelou ao reforço das medidas de segurança contra a PSA após ter sido detetada na Catalunha.
Peste suína africana em Espanha com possível origem em laboratório
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
Para poder votar newste inquérito deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
O centrismo tem sido proclamado por diversas personalidades que não têm a mais pálida ideia do que fazer ao país. É uma espécie de prêt-à-porter para gente sem cultura política e, pior que isso, sem convicções ou rumo definido.
Legitimada a sua culpa, estará Sócrates tranquilo para, se for preciso, fugir do país e instalar-se num Emirado (onde poderá ser vizinho de Isabel dos Santos, outra injustiçada foragida) ou no Brasil, onde o amigo Lula é sensível a teses de cabalas judiciais.
As 50 conversas de António Costa intercetadas revelam pedidos de cunhas e desabafos. Na Ucrânia, há um português na linha da frente, a fugir de drones e a esconder-se vários dias em trincheiras. Por cá, um casal luta contra a doença do filho, tão rara que ainda não tem nome