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Pelo menos 13 mortos devido a deslizamentos de terras na Costa do Marfim

18 de junho de 2020 às 19:27
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Colapso aconteceu depois de um túnel de drenagem de águas ter ficado bloqueado, situação que foi potenciada pela chuva torrencial que atingiu a cidade nos últimos dias.

Pelo menos 13 pessoas morreram, esta quinta-feira, na sequência de um deslizamento de terras na cidade de Anyama, nos subúrbios de Abidjan, na Costa do Marfim, anunciou o autarca da capital económica do país, acrescentando que também há desaparecidos.

"O balanço provisório aponta para 13 mortos e as buscas continuam", disse o autarca de Abidjan, Vincent Toh Bi Irié, citado pela agência France-Presse (AFP), acrescentando que "cerca de 20 casas foram destruídas" durante o deslizamento de terras, resultado de vários dias de chuvas torrenciais na cidade.

Vários moradores disseram à AFP que há 12 pessoas hospitalizadas.

"Perdi o meu filho de três anos", contou Aboubacar Dagnon, um morador daquela zona.

Um outro habitante explicitou que uma porção de uma colina desabou e destruiu 20 casas. O colapso aconteceu depois de um túnel de drenagem de águas ter ficado bloqueado, situação que foi potenciada pela chuva torrencial que atingiu a cidade nos últimos dias.

O período de chuvas em Abidjan começou em maio e, normalmente, dura até ao final de junho.

Durante a tarde de hoje, a agência de notícias francesa constatou que vários moradores, alguns enterrados na lama até aos joelhos, tentavam encontrar sobreviventes e corpos de vítimas nos escombros.

O cenário de chuvas torrenciais sucedido por inundações devastadores e deslizamentos de terras é comum na capital económica da Costa do Marfim.

Também é habitual a construção de casas em áreas propensas a inundações, normalmente habitadas por pessoas com menores rendimentos, numa cidade que tem cerca de cinco milhões de habitantes.

Abidjan é uma cidade que carece de infraestruturas sólidas, principalmente de uma rede de esgotos e de gestão de água, consequência da falta de investimento e de manutenção durante décadas.

As autoridades da cidade decidiram destruir, depois das inundações que mataram 18 pessoas, em junho de 2018, muitas destas habitações precárias que foram edificadas em zonas instáveis, decisão que enfureceu a população.

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