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Pedido de libertação de Tariq Ramadan rejeitado pela justiça francesa

O académico muçulmano, acusado de violação e detido há três meses em França, viu o seu primeiro pedido de libertação rejeitado pela justiça.

O académico muçulmano Tariq Ramadan, acusado de violação e detido há três meses em França, viu o seu primeiro pedido de libertação rejeitado pela justiça na sexta-feira, confirmou o seu advogado à agência France Presse.

A informação de que a justiça tinha rejeitado o pedido do intelectual suíço de 55 anos foi divulgada no ‘site’ Muslim Post.

"Fomos notificados hoje e eu recorri imediatamente", disse à AFP o advogado Emmanuel Marsigny, criticando uma decisão "implausível".

Tariq Ramadan sofre de esclerose múltipla, mas o tratamento foi considerado compatível com a detenção.

O académico está detido desde que foi acusado a 2 de Fevereiro em Paris por violação.

O inquérito foi desencadeado em Outubro pelas queixas de duas mulheres, a que se juntou uma terceira em Março. Uma quarta mulher apresentou queixa por violação em Genebra.

Em Março, Tariq Ramadan foi transferido da prisão de Fleury-Mérogis para o hospital de Fresnes, na região de Paris, estabelecimento que, segundo o seu advogado, "é incapaz de lhe assegurar as suas quatro sessões de fisioterapia semanais".

A detenção deste neto do fundador da egípcia Irmandade Muçulmana suscitou emoção no seio da comunidade muçulmana. Alguns falaram de "dois pesos e duas medidas" e outros de "conspiração" contra uma das raras figuras mediáticas do islão europeu, acusado pelos seus críticos de fundamentalismo camuflado sob um discurso reformista.

A lagartixa e o jacaré

Dez observações sobre a greve geral

Fazer uma greve geral tem no sector privado uma grande dificuldade, o medo. Medo de passar a ser olhado como “comunista”, o medo de retaliações, o medo de perder o emprego à primeira oportunidade. Quem disser que este não é o factor principal contra o alargamento da greve ao sector privado, não conhece o sector privado.