A queda do regime do presidente sírio, Bashar al-Assad, em dezembro de 2024, e a tomada de posse do novo Governo sírio permitiram a Israel avançar territorialmente no Golã, ocupando assim esta 'zona de barreira' controlada pela UNDOF.
O Conselho de Segurança da ONU renovou esta segunda-feira por seis meses o mandato da missão dos 'capacetes azuis' nas colinas de Golã sírias, conhecida como UNDOF (Força de Observação de Retirada das Nações Unidas, na sigla em inglês).
Forças de paz da ONU nas colinas de Golã, Síria, têm mandato renovado por seis mesesAP
Os quinze membros do Conselho de Segurança votaram a favor da renovação da missão, estabelecida em 1974 como uma espécie de 'barreira' entre o Golã sírio, ocupado por Israel, e o restante da Síria, e que tem sido renovada sistematicamente, mesmo durante os anos da guerra civil síria.
Segundo a página da UNDOF, a força é composta por 1.224 pessoas, ou seja, uma missão relativamente pequena comparando com outras missões de paz que a ONU tem, principalmente em África e na Ásia.
A queda do regime do presidente sírio, Bashar al-Assad, em dezembro de 2024, e a tomada de posse do novo Governo sírio permitiram a Israel avançar territorialmente no Golã, ocupando assim esta 'zona de barreira' controlada pela UNDOF e até mais além, dentro do território da Síria.
O representante da República Árabe Síria, Ibrahim Olabi, afirmou durante o Conselho que "Israel deve retirar-se do Golã ocupado".
"Há atividades de fortificação na zona de separação", disse Olabi, acrescentando que "não há indícios de que Israel tenha a intenção de se retirar por enquanto".
O representante sírio pediu que a UNDOF possa movimentar-se "livremente" sem acompanhamento das forças israelitas, e que esse país "cumpra as resoluções do Conselho".
As colinas de Golã são um planalto estratégico, que Israel conquistou à Síria durante a Guerra dos Seis Dias, em 1967, antes de anexá-lo formalmente em 1981.
A paisagem montanhosa, que se estende por cerca de 1.295 quilómetros quadrados, também faz fronteira com a Jordânia e o Líbano.
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