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ONU: aumento de protestos tem como raiz a desigualdade social

25 de outubro de 2019 às 15:47
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Embora as razões para os protestos "sejam complexas e variadas", existem padrões comuns, como "populações fartas e zangadas com as condições socioeconómicas".

As Nações Unidas explicaram esta sexta-feira o aumento dos protestos em todo o mundo, nomeadamente na Bolívia, Chile, Equador, Espanha ou Hong Kong, ao agravamento da desigualdade social, apelando à resolução deste flagelo.

Embora as razões para os protestos "sejam complexas e variadas", existem padrões comuns, como "populações fartas e zangadas com as condições socioeconómicas, corrupção, desigualdade e o aumento da diferença entre ricos e pobres", disse a porta-voz do Escritório das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Ravina Shamdasani, numa conferência de imprensa em Genebra.

O porta-voz da ONU em Genebra, Rhéal LeBlanc, na mesma conferência de imprensa, acrescentou que esse conflito social "indica que ainda há muito a fazer para alcançar os objetivos do desenvolvimento sustentável (ODS)", a fim de reduzir a pobreza e criar condições de trabalho decentes.

Ravina Shamdasani apontou que o descontentamento "é exacerbado por uma crescente desconfiança nas instituições governamentais, políticos e elites no poder" e enfatizou que muitos dos movimentos de protesto começaram com reivindicações específicas, mas acabaram por mostrar um mal-estar generalizado.

A porta-voz acrescentou que a resposta violenta contra alguns desses protestos também serviu para aumentar o descontentamento no momento em que "as forças de segurança violaram os padrões internacionais sobre o uso da força e tentaram obstruir direitos humanos fundamentais, como a liberdade de expressão".

Quanto ao uso da violência por alguns manifestantes, a porta-voz insistiu que as autoridades deveriam distinguir protestos pacíficos daqueles que não o são, sem usar as altercações como um cartão branco para usar a força em qualquer circunstância, o que "é uma receita para converter uma situação terrível em catastrófica".

Ravina Shamdasani concluiu que a resposta a todos esses protestos com raízes comuns deve ser "um diálogo genuíno e significativo".

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