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O cemitério da moda

Susana Lúcio
Susana Lúcio 12 de setembro de 2022 às 08:00

No deserto chileno de Atacama são despejadas toneladas de calças, camisolas e sapatos, a maior parte peças novas. É tudo ilegal.

O deserto de Atacama é um dos lugares mais secos do mundo. Tão árido que tem sido comparado a Marte, é até onde a NASA tem equipamentos que farão parte de missões ao planeta vermelho. Mas é também o local onde toneladas de roupa, provenientes da Europa, Canadá, Estados Unidos e Ásia, acabam os seus dias depois de algumas semanas nos cabides de lojas como H&M, Zara, Adidas, Nike e também Calvin Klein e Hugo Boss. “Uma T-shirt da Nautica, calças de treino da Adidas, calças de ganga da Wrangler, encontramos várias peças com etiquetas de marcas famosas”, garantiu Ángela Astudillo, voluntária do grupo local Deserto Vestido à Remake, organização internacional que combate o impacto ambiental da indústria do vestuário.

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"O afundamento deles não começou no Canal; começou quando deixaram as suas casas. Talvez até tenha começado no dia em que se lhes meteu na cabeça a ideia de que tudo seria melhor noutro lugar, quando começaram a querer supermercados e abonos de família".