Sábado – Pense por si

O caminho de Orbán, o autocrático

Ricardo Santos
Ricardo Santos 04 de julho de 2021 às 18:00

A legislação anti-LGBTQI trouxe-o para os cabeçalhos, mas a deriva para a extrema-direita do primeiro-ministro húngaro exibe um a um os tiques clássicos: pressões sobre os media, mudança da Constituição, discurso anti-imigração e nacionalista.

Populista, autoritário, oligarca, eurocético e conservador, Viktor Orbán tem por modelos a Rússia, a China ou a Turquia. Apreciador de Bolsonaro, o primeiro-ministro da Hungria tem procurado limitar a ação da comunicação social e do sistema judicial e, desde 2011, com a mudança da Constituição húngara, levou o país para um clima de restrição de liberdades individuais, desrespeito pela diferença, xenofobia e deriva para as ideologias de extrema-direita. Num dos seus muitos discursos acesos, em 2018, deixou bem claras as suas posições – "Temos de afirmar que não queremos ser diversos e não queremos ser misturados: não queremos que a nossa cor, as nossas tradições e a cultura nacional sejam misturadas com as de outros. Não queremos isso, de maneira nenhuma. Não queremos ser um país diverso."

Para continuar a ler
Já tem conta? Faça login

Assinatura Digital SÁBADO GRÁTIS
durante 2 anos, para jovens dos 15 aos 18 anos.

Saber Mais
Cuidados intensivos

Regresso ao futuro

Imaginemos que Zelensky, entre a espada e a parede, aceitava ceder os territórios a troco de uma ilusão de segurança. Alguém acredita que a Rússia, depois de recompor o seu exército, ficaria saciada com a parcela da Ucrânia que lhe foi servida de bandeja?