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Nove corpos de migrantes resgatados no Mediterrâneo

12 de outubro de 2020 às 14:53
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Cerca de 25 migrantes da África subsaariana, incluindo mulheres e um bebé, estavam a bordo deste barco com destino a Itália.

Nove corpos foram resgatados do Mediterrâneo após o naufrágio de um barco de migrantes na costa da Tunísia no domingo, elevando o número de mortos para 11, anunciaram hoje as autoridades, admitindo que há ainda vários desaparecidos.

Segundo a agência de notícias AFP, os corpos de uma mulher e de um bebé foram primeiro encontrados no domingo ao largo de Sfax, no centro da Tunísia, e sete pessoas - cinco homens e duas mulheres - foram resgatadas com vida.

De acordo com os testemunhos dos sobreviventes relatados pelas autoridades, cerca de 25 migrantes da África subsaariana, incluindo mulheres e um bebé, estavam a bordo deste barco com destino a Itália.

As unidades da guarda marítima continuam sua busca em Sfax para encontrar os outros migrantes, acrescentou Houcem Eddine Jebabli, porta-voz da guarda nacional.

Após um pico de partidas da Tunísia em 2011, seguido por uma queda acentuada, as tentativas de migração ilegal aumentaram novamente desde 2017, após o país ser abalado pela instabilidade política e duramente atingido pela nova pandemia de novo coronavírus que resultou em desemprego crescente.

O Ministério do Interior tunisino anunciou no domingo que impediu 32 travessias ilegais durante a noite de sábado para domingo e deteve 262 pessoas com idades entre 15 e 44 anos, incluindo dois cidadãos de países da África Subsaariana.

Com risco de vida, milhares de migrantes, especialmente norte-africanos e subsaarianos, tentam regularmente cruzar o Mediterrâneo em barcos clandestinos, tentando chegar à Europa onde esperam encontrar trabalho e novas perspetivas de vida.

Desde o início de 2020 e até meados de setembro, 8.581 pessoas foram intercetadas enquanto tentavam chegar à Europa por mar a partir da costa da Tunísia e destes, 2.104 eram estrangeiros, segundo estatísticas do Ministério do Interior tunisino.

Durante uma visita a Túnis em agosto, o ministro dos Negócios Estrangeiros da Itália, Luigi Di Maio, alertou que não haveria mais lugar para migrantes que chegassem ilegalmente à Itália, após anunciar operações de repatriamento de tunisinos a partir de 10 de agosto.