O MPLA acusou os partidos da oposição em Angola de quererem impedir a divulgação dos resultados definitivos das eleições desta quarta-feira e apelou ao povo angolano que aguarde com serenidade os números finais. Esta reacção surgiu depois da Comissão Nacional Eleitoral dar a vitória ao Movimento Popular de Libertação de Angola, com 61,7% dos votos nas eleições gerais, contra 26,71% da UNITA. Segundo os últimos resultados provisórios, em terceiro, ficou a CASA-CE com 9,46% dos votos.
"A oposição não quer ver os resultados definitivos publicados, quer antes antecipar [essa divulgação] com uma situação de perturbação, para invibializar a publicação dos resultados", acusou o secretário do MPLA para assuntos políticos e eleitorais, João Martins, reforçando o processo eleitoral angolano tem estado a merecer uma avaliação positiva, por parte dos observadores nacionais e internacionais. Relacionado
João Martins acusou ainda os partidos da oposição de estarem a instruir os seus membros nas comissões provinciais eleitorais e na Comissão Nacional Eleitoral para não assistirem às operações de apuramento, o que considerou ser "um acto impróprio". "E pouco condicente até com a lisura e a transparência do processo conforme tem estado a atestar todos os cidadãos e sobretudo os observadores nacionais e internacionais", disse.
O responsável do partido salientou que das actas provisórias constam votos reclamados, que devem numa primeira instância ser decididos pelas comissões provinciais eleitorais, no exercício do apuramento provincial, altura em que os partidos podem colocar as suas questões. "Há sempre um contencioso eleitoral e se tiverem reclamações a fazer é em sede do contencioso eleitoral que elas devem ocorrer e não na praça pública, como parece que vai ser a estratégia a ser seguida pela oposição", acrescentou.
João Martins disse que o MPLA está atento "com serenidade", para receber os resultados definitivos "e depois festejar a vitória" e a eleição de João Lourenço como novo presidente de Angola.
Oposição não rejeita impugnar eleições
A coligação CASA-CE colocou em causa a contagem dos cotos e recusou validar os resultados provisórios. "Tudo o que resulta de uma violação da lei, é inválido. Esses dados não têm qualquer valor. Agora, o problema da sua impugnação, por ora o que estamos a fazer é alertar a opinião pública nacional e internacional. O que vier depois, na devida altura nos pronunciaremos. Mas a verdade é que não nos vamos deixar enganar", garantiu o o vice-presidente da formação, o almirante André Mendes de Carvalho "Miau".
Entre as alegadas violações contam-se a ausência de mandatários dos partidos nas contagens feitas em cada uma das 18 províncias. A lei angolana diz que a contagem nacional, feita em Luanda, deve ter como base os resultados compilados ao nível provincial. "Se as províncias não facultaram quaisquer dados, não percebemos como é que a CNE produziu esses resultados [em Luanda]. Porque os nossos mandatários provinciais não foram convocados a participar em nenhum evento desse tipo", disse o candidato da CASA-CE à presidência.
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