Sábado – Pense por si

Monarch cancela todos os voos e deixa 110 mil pessoas em terra

02 de outubro de 2017 às 09:12
Capa da Sábado Edição 26 de agosto a 1 de setembro
Leia a revista
Em versão ePaper
Ler agora
Edição de 26 de agosto a 1 de setembro
As mais lidas

O fecho imediato das actividades da empresa implica ainda, de acordo com a companhia aérea britânica, a anulação de 300 mil reservas já feitas.

A Autoridade de Aviação do Reino Unido informou esta segunda-feira que a companhia britânica Monarch deixou de operar e cancelou todos os voos, deixando em terra cerca de 110.000 passageiros.

O Governo britânico já pediu à Autoridade de Aviação no Reino Unido (CAA, sigla em inglês) que aprove a saída de 30 aviões para repatriar passageiros afectados e solicitou aos passageiros que iriam voar hoje que não se dirijam aos aeroportos.

O fecho imediato das actividades da empresa implica ainda, de acordo com a companhia aérea, a anulação de 300 mil reservas já feitas.

A Monarch é a quinta companhia aérea do Reino Unido e a mais importante do país a declarar-se na bancarrota. Ainda manteve conversações com a CAA para renovar a licença e vender pacotes turísticos, mas o limite para o acordo era a passada meia-noite.

A Autoridade de Aviação civil já admitiu que se trata de uma situação "sem precedentes" e assinalou que os passageiros que estão no estrangeiro regressarão ao seu país sem que isto suponha um custo acrescido.

O porta-voz da CAA, Deirdre Hutton, pediu aos passageiros paciência e afirmou que "a grande maioria" dos clientes na Monarch que tinham previsto voar hoje para o Reino Unido o farão até ao final do dia.

Por seu lado, o conselheiro delegado da CAA, Andrew Haines, precisou que a dimensão da operação de repatriamento provocará "inevitavelmente" uma alteração na viagem dos passageiros.

"Pedimos aos clientes que tenham paciência pois trabalhamos em contra-relógio para os trazer para casa", acrescentou.

O ministro dos Transportes, Chris Grayling, disse hoje que foi montada "a maior operação de repatriamento em tempo de paz" e reconheceu que é uma situação "muito angustiante para os turistas britânicos que estão no estrangeiro" e que a prioridade era ajudá-los.

Monarch teve de enfrentar dificuldades nos últimos anos, especialmente depois da queda de mercados turísticos como a Turquia e o Egipto devido à situação de insegurança nesses países, o que obrigou a companhia a competir com mercados como a Grécia ou Espanha.

A companhia aérea transportou no ano passado 6,3 milhões de passageiros a 40 destinos desde os aeroportos de Gatwick e Luton, em Londres, e desde Birmingham, Leeds e Manchester.

A Monarch também voava para Portugal. Em abril, a companhia aérea previa transportar este verão 75.000 passageiros nas novas rotas dos aeroportos de Birmingham, Manchester e Luton com destino ao Porto.

Na altura, Iam Chambers, responsável pela área comercial da companhia aérea, afirmou que Portugal era "um dos melhores destinos em termos de crescimento, da companhia", acrescentando que o verão 2017 era já "um sucesso para a Monarch, registando um crescimento de 32% face ao verão do ano passado".

Além do Porto, a Monarch voava também para a Madeira (Funchal), Lisboa e Faro.

Sinais do tempo na Justiça

A maioria dos magistrados não dispõe de apoio psicológico adequado, o que resulta em inúmeros casos de burnout. Se esta estratégia persistir, a magistratura especializada comprometerá a qualidade do trabalho, sobretudo na área da violência doméstica.

Hipocrisia

Agora, com os restos de Idan Shtivi, declarado oficialmente morto, o gabinete do ministro Paulo Rangel solidariza-se com o sofrimento do seu pai e da sua mãe, irmãos e tias, e tios. Família. Antes, enquanto nas mãos sangrentas, nem sequer um pio governamental Idan Shtivi mereceu.

Urbanista

Insustentável silêncio

Na Europa, a cobertura mediática tende a diluir a emergência climática em notícias episódicas: uma onda de calor aqui, uma cheia ali, registando factos imediatos, sem aprofundar as causas, ou apresentar soluções.