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Merkel vai felicitar Vladimir Putin e abordar divergências

O presidente da Rússia, há 18 anos no poder, foi reeleito no domingo com 76,7%.

A chanceler alemã, Angela Merkel, vai felicitar Vladimir Putin pela reeleição e abordará as divergências entre os dois países, afirmou o porta-voz da chancelaria.

Angela Merkel
Angela Merkel

"Ela vai escrever-lhe um telegrama em breve […] e penso que nessas felicitações, naturalmente, vai estar a questão dos desafios das relações germano-russas", disse à imprensa Steffen Seibert, citando nomeadamente "a Ucrânia, a Síria".

As declarações do porta-voz constituem uma das primeiras reacções ocidentais à reeleição de Vladimir Putin para a presidência russa, no domingo, com mais de 76% dos votos.

Pouco antes, o ministro dos Negócios Estrangeiros da Alemanha, Heiko Mass, afirmou que a Rússia de Putin vai "continuar a ser um parceiro difícil", mas considerou que é necessário "manter o diálogo" sobre as grandes crises internacionais.

"Supomos que a Rússia vai continuar a ser um parceiro difícil, mas a Rússia também é precisa para a resolução dos grandes conflitos internacionais", disse.

Heiko Mass, que falava à chegada a uma reunião de ministros dos Negócios Estrangeiros da União Europeia (UE) em Bruxelas, explicou que Berlim quer "continuar a dialogar", mas espera "contribuições construtivas da Rússia", "mais do que aconteceu no passado recente".

"O resultado da eleição na Rússia surpreendeu-nos tão pouco como as circunstâncias desta eleição. Não podemos certamente falar de uma disputa política equitativa", disse o ministro, acrescentando considerar "inaceitável" a realização da votação na Crimeia, península ucraniana anexada por Moscovo.

Vladimir Putin, há 18 anos no poder, venceu as presidenciais de domingo com 76,7%, segundo resultados quase totais divulgados hoje.

As 10 lições de Zaluzhny (I)

O poder não se mede em tanques ou mísseis: mede-se em espírito. A reflexão, com a assinatura do general Zaluzhny, tem uma conclusão tremenda: se a paz falhar, apenas aqueles que aprendem rápido sobreviverão. Nós, europeus aliados da Ucrânia, temos de nos apressar: só com um novo plano de mobilidade militar conseguiríamos responder em tempo eficaz a um cenário de uma confrontação direta com a Rússia.