A iniciativa, da Associação para a Defesa do Ambiente e Desenvolvimento (ADAD), em colaboração com outras organizações, começou cerca das 07:00 no cais de pesca do porto daquela cidade na ilha de Santiago, onde duas dezenas de activistas iniciaram os trabalhos de preparação dos mergulhos.
Cerca das 10:30 locais (12:30 em Lisboa), dois mergulhadores devidamente equipados iniciaram os mergulhos, perante o olhar atento das restantes equipas, preparadas para recolher o lixo encontrado, o qual foi depois pesado e posteriormente analisado.
Não foi preciso mais do que um minuto para um dos mergulhadores trazer à tona um novelo de redes e cordas, paus e plástico. Seguiu-se um martelo, uma roldana e pneus. Em dez minutos, estavam contabilizados quatro pneus.
A quantidade de lixo encontrado nos primeiros minutos da acção não surpreendeu Aristides Reis, da ADAD, para quem "é preciso analisar o conteúdo reunido este domingo para entender quais os comportamentos a mudar".
Pneus, sacos de plástico, embalagens de plástico, redes, esses são os maiores inimigos dos oceanos e o Homem participa em todas as acções de poluição, seja nos barcos ou em terra", disse Aristides Reis.
Para este ambientalista, a solução passa por sensibilizar as autoridades, mas também a população, até porque "é muito fácil não poluir".
Nesse sentido, a ADAD está empenhada em mostrar os efeitos nocivos dos sacos de plástico, tendo para tal proclamado uma autêntica "guerra ao plástico".
"Usar menos plástico é fundamental. Está nas mãos das pessoas ajudar os oceanos e os animais que lá vivem. Claro que esta mudança de comportamento deve ser acompanhada de outras medidas, nomeadamente ao nível das leis", adiantou.
A iniciativa contou com o patrocínio dos Portos de Cabo Verde (Enapor) e o apoio institucional do Instituto Marítimo e Portuário, da Polícia Marítima e da Câmara Municipal da Praia.