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Maurícias vão pedir indemnização devido a derrame de hidrocarbonetos

O primeiro-ministro declarou o derrame um desastre nacional. Parte das águas turquesa do arquipélago ficou manchada de negro, ameaçando mangais e afetando aves marinhas e répteis.

As Maurícias vão pedir uma indemnização ao proprietário de um navio japonês responsável pelo derrame de hidrocarbonetos que ocorreu quando o barco encalhou nas águas do arquipélago no oceano Índico, anunciou hoje o primeiro-ministro.

Pravind Jugnauth disse que irá pedir uma compensação pelos graves danos ambientais à Nagashiki Shipping, proprietária do "MV Wakashio", que encalhou num recife de Pointe d'Esny, nas águas das Maurícias, e já derramou mais de mil toneladas de hidrocarbonetos numa zona que é um santuário para a vida selvagem.

O primeiro-ministro declarou o derrame um desastre nacional.

O governo de Jugnauth está a ser pressionado para explicar porque não tomou medidas imediatas para esvaziar o navio quando ele encalhou, a 25 de julho.

Duas semanas mais tarde, devido à ondulação, o navio rompeu-se e começou a derramar fuelóleo.

Parte das águas turquesa do arquipélago ficou manchada de negro, ameaçando mangais e afetando aves marinhas e répteis.

Milhares de pessoas têm estado envolvidas nos trabalhos de limpeza, usando bombas improvisadas e folhas de cana de açúcar para tentar conter o petróleo.

Estima-se que cerca de 400 toneladas do petróleo derramado já tenham sido removidas do mar.

França enviou um navio, aviões militares e técnicos desde a ilha vizinha de Reunião após um pedido de auxílio das Maurícias na semana passada.

Especialistas japoneses estão a ajudar e as Nações Unidas enviaram peritos.

As autoridades já preveniram que o barco pode partir-se em dois a todo o momento, com as fissuras no casco a alargarem-se de dia para dia.

"É essencial que o navio seja esvaziado antes de se partir", disse Jean Hugue Gardenne da Fundação da Vida Selvagem das Maurícias.

A fundação teme que o derrame destrua o trabalho que tem estado a fazer desde 1985 para recuperar aquela área protegida.

Fontes próximas do inquérito avançaram à AFP, sob anonimato, que o navio ia da China para o Brasil.

O capitão, de nacionalidade indiana, e a tripulação estiveram hoje sob interrogatório policial. Uma das questões que se procura esclarecer é a razão pela qual o navio navegava tão perto das costas da Maurícia.

Agora, as atenções estão focadas no que os investigadores sul-africanos conseguirem extrair da caixa negra do navio.

As Maurícias e os seus 13 milhões de habitantes dependem do mar para a alimentação e o turismo, crucial para a sua economia.

FPA (RN) // EL

Lusa/Fim

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